A frase "não se perde o que não tem" carrega um poderoso significado que desafia os atletas a reavaliarem seus medos e a redefinirem suas perspectivas sobre o sucesso e o fracasso. Em vez de focar no que pode ser perdido, essa mentalidade propõe uma ênfase no que pode ser conquistado, promovendo uma abordagem mental mais resiliente e produtiva. No esporte, o medo de perder pode ser um dos maiores obstáculos para a performance, esse medo pode paralisar, causando ansiedade e reduzindo a capacidade do atleta de competir em seu potencial máximo. Para Gallwey (1997), a verdadeira batalha de um atleta muitas vezes ocorre na mente, onde o medo do fracasso pode dominar o desempenho, e propõe que ao focar no presente em vez de um possível resultado final, os atletas podem superar o medo e atuar com maior liberdade. A ideia de que "não se perde o que não tem" pode ser associada ao conceito de mentalidade de abundância, que é a crença de que sempre há oportunidades para crescimento e sucesso, ao contrário de uma mentalidade de escassez, que se foca nas limitações e perdas de potenciais. De acordo com Dweck (2006), a mentalidade de crescimento pode transformar o modo como os atletas abordam desafios, vendo-os como oportunidades de aprendizagem em vez de ameaças ao seu sucesso. No ambiente competitivo, atletas frequentemente se deparam com o medo de perder algo valioso, seja um título, uma posição ou o respeito de quem está a sua volta. No entanto, ao internalizar a ideia de que "não se perde o que não tem", os atletas podem libertar-se das amarras psicológicas que os impedem de dar o seu melhor. Ao adotar essa perspectiva, a energia antes canalizada para o medo pode ser redirecionada para o foco na preparação, no processo e no desempenho. "Não se perde o que não tem" é mais do que uma simples frase, é um convite para uma reavaliação da mentalidade do atleta. Na Psicologia do Esporte, essa abordagem pode ser fundamental para a construção de uma mentalidade vencedora, onde o foco está no que pode ser conquistado e não no que pode ser perdido. Ao pensar dessa forma os atletas podem desenvolver uma maior resiliência, permitindo-lhes competir com mais confiança e menos medo, transformando cada desafio em uma oportunidade de crescimento. Obrigado e até a próxima, Paulo Penha!!! Referências - Gallwey, W. T. (1997). The Inner Game of Tennis: The Classic Guide to the Mental Side of Peak Performance. Random House. - Dweck, C. S. (2006). Mindset: The New Psychology of Success. Random House.
0 Comments
|
Formação de Atletas
Área reservada para a discussão de temas sobre a pedagogia, a psicologia, o treinamento e as demais áreas da formação de atletas
Histórico
Setembro 2024
Categorias |