Há não muito tempo atrás, me lembro de não me importar tanto para os resultados dos jogos da Copa do Mundo, pois minha única preocupação era pedir ao meu pai que me comprasse uma Coca-Cola King Size para eu trocar a tampinha (famosa champinha se você é de Minas Gerais) por brindes espetaculares.
Naqueles idos eram Futcards na Copa América, Futegudes (bolas de gude com rostos de jogadores), mini craques, minibolas e ursos nas Copas do Mundo, além de diversos outros brindes dos quais sequer me recordo e sequer guardei, mas que na época eram tudo de que me importava numa Copa do Mundo. Mas o Futebol como produto mudou, os estádios hoje arenas, mudaram bastante e tudo de alguma maneira mudou para melhor, visando atender um novo público, uma nova demanda do mercado que agora, topa pagar mais por quase o mesmo produto. Esta mudança no futebol, acarretou em mudanças diversas em mercado secundário e o primeiro local onde foi sentido esta mudança foi nas falsificações de produtos, que passariam a serem limitadas por leis mais rígidas e contratos de uso de imagem, que aos poucos foi limitando aquelas inúmeras versões diferentes de camisas do Brasil à venda em qualquer lugar por aí... Os contratos passaram a ficar menos flexíveis e mais específicos, determinando exatamente tudo o que não poderia ser mais feito e tudo o que deveria ser feito. Os eventos, passaram a resguardar e proteger seus patrocinadores (até como maneira de prover uma contrapartida ou ainda, algum retorno do investimento). Até que em 2018 durante um jogo da copa do mundo, mais específico o jogo do Brasil contra a Costa Rica (segundo jogo do Brasil na Copa de 2018), por determinação da FIFA, a Rafaella (irmã de Neymar Jr.) e a Bruna Marquezine, tiveram de apagar uma foto em que faziam propaganda para a marca C&A de sua conta no Instagram. Foto que havia inclusive sido divulgada no perfil da C&A, que posteriormente, também veio a apagar o conteúdo. A alegação da FIFA é clara e muito profissional: Nenhuma marca (não patrocinadora) pode se atrelar a imagem do evento. Na prática, foi sepultado algo chamado na literatura de “Marketing como retorno espontâneo” (não muito espontâneo neste caso), que seria quando determinada marca aparece e ganha destaque sem real intenção, ou ainda, não por meio do apoio direto. De um lado, uma sacada genial da FIFA para blindar seu evento e a altíssima visibilidade atrelada a ele, do outro, a perda do senso de inclusive poder publicar determinada selfie sem estar associando determinada marca ao evento... a linha fica tênue e tudo hoje tem uma marca! E segue o jogo...
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Comunicação e Marketing
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Setembro 2022
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