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Colocando o sonho em prática: Projeto Maestro da Bola

21/5/2021

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Crédito: Projeto Maestro da Bola
O artigo de hoje é para auxiliar várias pessoas que tem boas ideias, mas não conseguem tirar elas do papel. Em parceria com a gestora do Projeto Maestro da Bola, Renata Pozzi, fizemos uma reflexão sobre como o projeto foi criado e executado, para trazer alguns pontos importantes que devem ser pensados antes de se iniciar um projeto.
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Contextualizando, o Projeto Maestro da Bola foi criado em 2017 pelo Ricardinho, ex-jogador de futebol com passagens marcantes pelo Paraná Clube, Bordeaux, Corinthians e campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002.
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Segundo a gestora do projeto, o objetivo é inclusão social através do esporte: "Hoje temos 13 pontos de atendimento, o objetivo para 2020 era ampliar para 16, mas com a pandemia esse objetivo foi adiado. Abrimos um polo em Foz em 2019 e, hoje, no total atendemos 1500 crianças entre 7 e 15 anos no contra turno escolar. Quando falamos em inclusão social, falamos também em inclusão de gênero, hoje cerca de 180 das crianças atendidas são meninas. E também falamos em inclusão de pessoas com deficiência, possuímos a única equipe do estado de futebol de 5, que atende deficientes visuais.

​Conseguimos recentemente o certificado da Special Olympics, com isso pretendemos para 2021 ter um núcleo atendendo crianças com deficiência intelectual. Todos os núcleos trabalham com vulnerabilidade social, são inseridos em comunidades carentes e atendem crianças que estudam em escolas públicas".
​Se hoje o projeto já cresceu e visa crescer ainda mais, houve uma construção e planejamento desde antes de sua execução, o que foi fundamental.
A Ideia
​“O Ricardo, principalmente no auge, era muito chamado para ir em projetos sociais, conhecer as crianças e por várias vezes, foi convidado para ser padrinho de projetos. Ele fazia as visitas, mas nunca quis apadrinhar porque pensava ser necessário ter 100% de confiança no trabalho da entidade. Quando ele parou de jogar, nós começamos a desenhar um projeto que tivesse o nosso DNA, com as modalidades de futebol e futsal e com retorno ao município", conta Renata.
Estudo e Formação
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Ela explicou também o processo de formação do projeto: "Com a ideia pronta começamos a pesquisar bastante, inclusive eu visitei várias entidades, não só em Curitiba, mas também em São Paulo, com a mesma iniciativa do que queríamos fazer. Focamos na parte esportiva, juntamente com os valores que acreditamos que o esporte gera nos jovens: disciplina, respeito aos colegas, ao professor, ao árbitro, as regras, etc. Fui no Gol de Letra, projeto gigante do Raí e do Leonardo que tem até núcleo em Paris e visitei projetos em Foz.

​Aqui em Curitiba também fui em vários projetos que são referência, por exemplo, o Instituto Ícaro, que tem um trabalho muito bacana no tênis. Nesse sentido não ficamos limitados a visitar apenas projetos de futebol e futsal. Com isso, fui pegando conhecimento para estruturarmos o projeto. Do lado jurídico, para criar uma instituição sem fins lucrativos, o 1º passo é elaborar um estatuto, conversamos com um advogado que nos auxiliou nesse sentido, ajudou a gerar o CNPJ e registrar o estatuto".
Adaptações
Eu gostei bastante de ver que antes de estruturar o projeto houve uma grande pesquisa, penso que isso é essencial e possibilita alguns atalhos, como a Renata conta sobre a questão da sede e abrangência do projeto: "Todas as entidades que eu visitei tem sede própria, então nós começamos a discutir a estratégia de como chegar nessas crianças.

Ter uma sede é muito bacana, você consegue atender com maior carga horária e desenvolver pessoas. Porém, ela onera na questão do recurso, é necessário muito capital para construir a sede, desenvolver colaboradores e no nosso entender ela acabaria limitando o acesso das crianças, por causa do deslocamento. As crianças teriam dificuldade de se deslocarem dos bairros delas até nossa sede. Então tivemos a ideia de aproveitar espaços públicos,

​Curitiba é uma cidade com vários parques, quadras e ginásios públicos. Então fomos na prefeitura e conseguimos fazer um termo de cooperação. Eles cedem os espaços e fazem a manutenção, as vezes até cedem professores e, o projeto entra com uniforme, realização de festivais, como a Copa Maestro que acontece o ano todo, palestras e uma série de outras ações, inclusive culturais, de acordo com o nosso planejamento”.
Colocando em Prática
​Aqui vêm outro ponto chave, possivelmente o início é a parte mais crítica de um projeto desse tipo, mas iniciar pode ser a melhor forma de conseguir apoio conforme Renata contou que aconteceu com o projeto Maestro da Bola: “Para colocar em prática é necessário recurso, como o Ricardo queria muito fazer acontecer, ele tirou do bolso para o nosso núcleo inicial com 100 crianças. Então começamos a tentar contato com a iniciativa privada, buscar doações de amigos, foi um processo de “passar o chapéu” mesmo. O segredo é conseguir passar para os parceiros, para as pessoas, o mesmo entusiasmo que se tem para fazer o projeto”.
Recursos
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Aportar recursos próprios para o início de uma atividade eu penso que é uma lei geral, até empresas as vezes necessitam iniciar dessa forma. Porém no longo prazo pode ser inviável fazer um projeto que não tenho como se bancar, por isso buscar recursos é essencial.
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A Renata explicou como foi no caso do projeto Maestro da Bola: “Recursos públicos têm um período de carência para que você, com o CNPJ aberto, possa participar, então fomos atrás de parceiros da iniciativa privada. Procuramos empresas de médio e grande porte para fazerem patrocínio direto, nada exorbitante, valores baixos, apenas o suficiente para pagarmos o professor, os uniformes e as atividades que o núcleo desenvolve durante o ano. Claro que nesse momento a imagem do Ricardinho ajuda muito na entrada com as empresas, mas identificamos muitas pessoas com bom poder aquisitivo que querem ajudar e não sabem como. 
​Iniciamos em 2017 dessa forma, nossa parceria com a prefeitura nunca envolveu repasse de recursos, então começamos com a iniciativa privada e hoje temos vários parceiros que nos apoiam com patrocínio direto. Com o passar do tempo fomos conseguindo pegar chancelas e certificados e começar a trabalhar com mais recursos, advindos de leis de incentivo públicas. Hoje temos recursos obtidos através de: Lei de Incentivo ao Esporte Federal, da Lei de Incentivo ao Esporte Estadual – Proesporte e em 2019 conseguimos recursos municiais para a equipe de deficiente visuais”.
Desafios
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“Acredito que o desafio é fazer muito com pouco recurso, mas procuramos muito trabalhar com a credibilidade. Chegar em uma empresa pedindo R$ 10.000,00 pode assustar e até tirar um pouco a credibilidade do que é feito. Procuramos trabalhar com valores menores e fazer muita prestação de contas, não só financeira, mas também de resultados e realizações. Usamos muito as redes sociais para isso, é uma ferramenta de trabalho sem custo e que podemos utilizar também para nos comunicarmos com pais, crianças e divulgarmos nossos parceiros”. Finalizou Renata.
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Destaquei em negrito no texto alguns pontos que eu acho que merecem muito destaque, mas fica claro a questão do planejamento, da credibilidade, da governança e do profissionalismo na gestão do Projeto Maestro da Bola. Se você quiser saber mais sobre o projeto ou saber como contribuir acesse:
  • Site: projetomaestrodabola.com.br
  • Facebook: projetomaestrodabola2018
  • Instagram: @projetomaestrodabolaricardinho

​Esse artigo te ajudou? Tem um projeto que você não consegue tirar do papel? Adoraria ler suas reflexões.  
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Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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