O artigo de hoje é para auxiliar várias pessoas que tem boas ideias, mas não conseguem tirar elas do papel. Em parceria com a gestora do Projeto Maestro da Bola, Renata Pozzi, fizemos uma reflexão sobre como o projeto foi criado e executado, para trazer alguns pontos importantes que devem ser pensados antes de se iniciar um projeto. Contextualizando, o Projeto Maestro da Bola foi criado em 2017 pelo Ricardinho, ex-jogador de futebol com passagens marcantes pelo Paraná Clube, Bordeaux, Corinthians e campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002.
Se hoje o projeto já cresceu e visa crescer ainda mais, houve uma construção e planejamento desde antes de sua execução, o que foi fundamental. A Ideia “O Ricardo, principalmente no auge, era muito chamado para ir em projetos sociais, conhecer as crianças e por várias vezes, foi convidado para ser padrinho de projetos. Ele fazia as visitas, mas nunca quis apadrinhar porque pensava ser necessário ter 100% de confiança no trabalho da entidade. Quando ele parou de jogar, nós começamos a desenhar um projeto que tivesse o nosso DNA, com as modalidades de futebol e futsal e com retorno ao município", conta Renata. Estudo e Formação
Adaptações Eu gostei bastante de ver que antes de estruturar o projeto houve uma grande pesquisa, penso que isso é essencial e possibilita alguns atalhos, como a Renata conta sobre a questão da sede e abrangência do projeto: "Todas as entidades que eu visitei tem sede própria, então nós começamos a discutir a estratégia de como chegar nessas crianças. Ter uma sede é muito bacana, você consegue atender com maior carga horária e desenvolver pessoas. Porém, ela onera na questão do recurso, é necessário muito capital para construir a sede, desenvolver colaboradores e no nosso entender ela acabaria limitando o acesso das crianças, por causa do deslocamento. As crianças teriam dificuldade de se deslocarem dos bairros delas até nossa sede. Então tivemos a ideia de aproveitar espaços públicos, Curitiba é uma cidade com vários parques, quadras e ginásios públicos. Então fomos na prefeitura e conseguimos fazer um termo de cooperação. Eles cedem os espaços e fazem a manutenção, as vezes até cedem professores e, o projeto entra com uniforme, realização de festivais, como a Copa Maestro que acontece o ano todo, palestras e uma série de outras ações, inclusive culturais, de acordo com o nosso planejamento”. Colocando em Prática Aqui vêm outro ponto chave, possivelmente o início é a parte mais crítica de um projeto desse tipo, mas iniciar pode ser a melhor forma de conseguir apoio conforme Renata contou que aconteceu com o projeto Maestro da Bola: “Para colocar em prática é necessário recurso, como o Ricardo queria muito fazer acontecer, ele tirou do bolso para o nosso núcleo inicial com 100 crianças. Então começamos a tentar contato com a iniciativa privada, buscar doações de amigos, foi um processo de “passar o chapéu” mesmo. O segredo é conseguir passar para os parceiros, para as pessoas, o mesmo entusiasmo que se tem para fazer o projeto”. Recursos
Iniciamos em 2017 dessa forma, nossa parceria com a prefeitura nunca envolveu repasse de recursos, então começamos com a iniciativa privada e hoje temos vários parceiros que nos apoiam com patrocínio direto. Com o passar do tempo fomos conseguindo pegar chancelas e certificados e começar a trabalhar com mais recursos, advindos de leis de incentivo públicas. Hoje temos recursos obtidos através de: Lei de Incentivo ao Esporte Federal, da Lei de Incentivo ao Esporte Estadual – Proesporte e em 2019 conseguimos recursos municiais para a equipe de deficiente visuais”. Desafios
Esse artigo te ajudou? Tem um projeto que você não consegue tirar do papel? Adoraria ler suas reflexões.
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Setembro 2022
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