Quem está envolvido com o esporte sabe dos inúmeros desafios financeiros que as instituições enfrentam diariamente, principalmente para conseguir verba para manter ou expandir sua capacidade. Diante de instituições com recursos limitados, a comunicação muitas vezes é deixada de lado e, o foco do investimento é todo na parte técnica, como montagem de elenco, contratação de profissionais para treinamento, reabilitação e despesas com competições. Porém, como atrair um investidor, se não existe ninguém fazendo um relacionamento da equipe com a mídia? As empresas ainda buscam muito exposição de marca, então como um patrocinador vai apoiar um projeto que não aparece em lugar nenhum? Ainda mais hoje com redes sociais, que acabam oferecendo diversas ferramentas de divulgação. Eu particularmente se tivesse a frente de uma entidade esportiva, iria focar muito em divulgação e imprensa. Inclusive em alguns projetos que escrevi esse ano, percebi que mesmo na busca de dinheiro incentivado, a comunidade do esporte se preocupa muito com: material esportivo, treinamento e pouquíssimo em divulgar a empresa que irá apoiar o projeto.
Se você imaginar que estamos falando de um esporte muito tradicional e popular no Brasil, esses números assustam. Ainda mais falando de uma modalidade que necessita de cada vez mais uma expansão de sua divulgação, proporcional ao crescimento que ela vem tendo em praticantes. E não podemos dizer que o sucesso do voleibol é recente, como por exemplo o tênis, que teve seu crescimento no final dos anos 90, com o fenômeno Guga. Em 1984, quando a seleção brasileira masculina subiu ao pódio para ser premiada com a medalha de prata nos Jogos de Los Angeles, até a última imensurável conquista do ouro em 2016 no Rio de Janeiro, a modalidade vêm crescendo. Durante todo este tempo o que vimos foi um altíssimo crescimento na procura de crianças e adolescentes em busca de aprenderem o esporte e para ele dedicarem suas vidas, resultando assim no surgimento de inúmeras categorias de base do esporte espalhadas em escolinhas e clubes. Nas escolas o esporte cresceu nas aulas de educação física e professores começaram detectar talentos e indicar aos clubes, para que seus atletas pudessem crescer na modalidade e participar de competições que tomaram conta do país.
Isso valoriza imensamente os atletas, comissões técnicas e pode ser a melhor forma de manter ou conquistar um patrocinador, são eles que investem nas equipes com a possibilidade de contratação de atletas de altíssimo nível, além de possibilitar a estrutura do gerenciamento financeiro da equipe. O maior exemplo disso é o fim da equipe masculina de voleibol de Maringá, anunciado no ano passado, mesmo com um nome forte como o ex-campeão olímpico, o levantador Ricardinho gerindo o projeto, a falta de apoio foi essencial para o final do projeto: “Infelizmente, em um campeonato formado por gigantes, não tivemos o suficiente para brigar de igual para igual. Fizemos bonito, chegamos à sexta posição no primeiro ano, e nos outros dois tivemos uma boa atuação. Porém, sem patrocinadores, as edições seguintes foram marcadas por lutas constantes em busca de apoio da iniciativa privada e dos governos municipal e estadual”. Os resultados em quadra são importantes, mas para se obter e manter um patrocinador é essencial um excelente trabalho de comunicação. Como está o investimento nesse departamento em sua entidade?
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Comunicação e Marketing
Área reservada para a discussão de temas sobre estratégias e ações de comunicação e marketing das entidades desportivas em geral
Histórico
Setembro 2022
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