Como o título preconiza 2018 é ano de copa do mundo de futebol e também, ano de eleições presidenciais no Brasil. Muitos ex-atletas e atletas, serão candidatos e listarei abaixo alguns exemplos de ex-atletas que posteriormente, atuaram ou ainda, atuam na política brasileira:
O natural é votar naqueles que representam a categoria, correto? Bom, na lógica deveria ser assim, mas quando quem deveria ser o representante da classe, acabam por sabotá-la, o que fazer? Em primeiro lugar é dever do cidadão fiscalizar e cobrar medidas e atitudes dos políticos que elegeram, afinal, são colaboradores PARA o desenvolvimento social de maneira geral e não superpoderosos e intocáveis, como imaginam alguns. Mas cabe também, ano de eleição, pesquisar muito bem os antecedentes dos que pleiteiam uma vaga na esfera política, para que posteriormente não exista lamento. Vamos entender o porquê deste texto e para isto, serão necessários citar dados específicos de como atletas, sabotaram a classe que os elegeu. Tomemos como exemplo a acusação feita ao medalhista olímpico Aurélio Miguel, que em 2012 foi investigado pelo Ministério Público (MP) de São Paulo (SP). O motivo? Suposto recebimento de propina. Antes mesmo de qualquer decisão, a reputação de um ícone esportivo é colocada em posição de xeque e o arrependimento dos que nele confiaram-lhe o voto, é certo, danos irrecuperáveis! Mas o tiro no pé, veio mesmo com o campeão mundial pela seleção brasileira de futebol, o atual senador Romário Faria, que atuando como relator em sessão da CAS (comissão de assuntos sociais), aprovou o PLS 522/2013, que na prática, ignora o diploma de universidade e amplia para todas as modalidades (praticamente) a possibilidade de exercício da função de treinador sem antes ter concluído curso superior. Na prática, foi ignorado o sistema universitário brasileiro, que cá entre nós, tem suas falhas, mas antes a educação do que a não educação. Se pretendemos avançar como nação, precisamos devotar nossos esforços nos meios educacionais e em como aprimorá-los para atender as demandas da área prática e não colocá-la de lado como algo dispensável. Veja cara amiga e amigo leitor, que na tua própria família, deve ter existido alguém que parou de praticar determinada modalidade em função do despreparo de seu treinador na fase infantil. É muito comum e corriqueira a desistência da modalidade por parte das crianças, entre outros motivos, pelo excesso de cobrança e despreparo dos treinadores (abundam artigos científicos tratando do assunto). Isto me lembra de quando em 2009 o STF determinou a não obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para atuar na profissão, mas sejamos francos, você faria um procedimento cirúrgico com alguém que não é médico? Bom, eu não faria. Ora, se desejamos avançar, não podemos retroceder. Acabamos de sediar a 31ª edição dos Jogos Olímpicos e estou seguro de que não exigindo curso superior para treinadores das modalidades esportivas, estaremos sem sombra de dúvidas seguindo aquém das demais potencias esportivas, algumas que sequer contam com profissionais em nível de bacharelado, pois o elenco todo é composto de Doutores e Mestres nas mais variadas áreas do esporte. Você ainda pode opinar no site do senado sobre esta (e outras) pauta(s) e eu deixo aqui, o site para caso queira fazê-lo: www12.senado.leg.br Que saibamos escolher melhor nossos representantes, para que realmente possamos ser representados e avanços sejam feitos para caminhar em franco desenvolvimento tanto na mão de obra oferecida quanto no desempenho final dos atletas (que é resultado, evidente, das condições oferecidas pelo país como um todo). Notem que em momento algum citei a experiência prévia de treinadores puramente práticos, pois ela é seguramente muito rica e sem igual, porém, só ela não basta, afinal o treinamento esportivo agrupa uma miríade de necessidades específicas, que sequer são cogitadas na prática da modalidade per se, pois, os aspectos biológicos do corpo hão de ser estudados em profundidade e claro que a Universidade sozinha, não proverá isto. Sendo então, necessário um misto, ou meio termo entre ambas, mas não é desconsiderando uma em detrimento de outra, que faremos do dia para noite o nível esportivo subir. Abraços a todos e vamos escolher certo nossos representantes.
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Setembro 2022
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