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Interatividade nos esportes: os jogos de fantasy

28/3/2021

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Crédito: Formula1.com
Ontem uma das melhores corridas dos últimos anos, deu início à temporada da Fórmula Um e com ela iniciou também a temporada de F1 Fantasy para aqueles mais apaixonados pelo esporte. No ano passado cerca de 15.500 usuários no Brasil participaram da brincadeira e no início dessa temporada o número já subiu para 15.700.

Para quem não conhece, o chamado fantasy games é um estilo de jogo online onde os participantes criam e escalam equipes imaginárias de um esporte real. Com base no desempenho estatístico, os atletas recebem pontuações que somam para as equipes que os escalaram.

Muito forte nos Estados Unidos o fantasy chegou na principal categoria de automobilismo em 2018, com certeza devido a nova proprietária, a Liberty Media, que é norte-americana. Para jogar só é necessário se cadastrar, escolher 1 equipe e 5 pilotos e torcer para que eles façam bons treinos e boas corridas. Ao término do final de semana, pelo desempenho nas pistas cada piloto recebe uma pontuação e a equipe de fantasy com a maior pontuação no final do ano é a campeã.
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Dentro dessa perspectiva, você pode criar ligas para jogar com os amigos ou participar de ligas já existentes como a liga do seu país, de sua equipe favorita e a liga com todos os usuários cadastrados.
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O sistema é muito semelhante ao fantasy game mais famoso no Brasil, o Cartola FC. Criado em 2004 seguindo os moldes de jogos do estilo que já existiam na época especialmente na NFL, NBA e MLB, o Cartola ganhou popularidade a ponto de começar a oferecer serviços pagos. Em 2019, foram 8,6 milhões de perfis criados e cerca de 433 mil pessoas pagando assinatura, o que gerou um lucro de R$ 17,3 milhões de reais para a Globo.
Esse retorno parece pequeno perto do que o fantasy game faz nos Estados Unidos. Em 2013, a Forbes já relatava que apenas a indústria do Futebol Americano gerava 70 bilhões de dólares. A Fantasy Sports e Gaming Association em seu media kit calcula que cerca de 59 milhões de pessoas jogam nos Estados Unidos e Canadá, que essas pessoas gastam em média 653 dólares durante o ano para jogar e que 61% dos entrevistados alegam estar assistindo mais esportes ao vivo devido ao fantasy, para poder acompanhar seus jogadores.
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Esses números deixam claro porque a Globo criou o Cartola lá atrás, pela enorme indústria e capacidade de lucro que o fantasy game possui. Os dados também deixam claro a razão da Formula 1 estar fazendo isso, buscar que mais pessoas assistam as corridas ao vivo, para acompanhar seus pilotos em tempo real e saber o que está acontecendo com sua equipe de fantasy.
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Funcionou comigo ano passado, especialmente porque eu comecei a ir bem, terminei na 57ª posição entre os 15 mil brasileiros que jogaram, ganhei as duas ligas que participei e por causa disso não perdi uma corrida e recentemente terminei a 3ª temporada da série Drive to Survive, que a categoria tem na Netflix.

​Com a NFL não é diferente, desde que comecei a jogar o fantasy em 2015 eu passei a ler mais e acompanhar mais o esporte que eu já gostava. Semanalmente acompanho as lesões, sugestões e alterações para tentar identificar quais os melhores jogadores para escalar. A interatividade que esse tipo de diversão proporciona me tornou um grande consumidor de Formula Um e NFL e meu gasto anual para isso é quase 0. Já as ligas capitalizam, ganhando fidelidade, público e com isso atraindo mais patrocinadores.

Numa era em que o esporte busca mobilizar o público mais jovem e criar interatividade com os fãs, esse tipo de diversão pode ser um grande aliado. E você joga algum fantasy game?
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Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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A Fórmula E é uma aula completa de marketing esportivo

27/2/2021

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Crédito: Fórmula E
​Nesse final de semana começou a sétima temporada da Fórmula E. Idealizada em 2011, a ideia de Alejandro Agag e Jean Todt virou realidade em 2014. Ter a ideia de uma corrida de carros sustentáveis, para ajudar a criar um mundo melhor e mais limpo, há quase uma década, vamos combinar que é muito pioneirismo.
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​No entanto, as qualidades da Fórmula E não pararam por aí, pois o produto em si parece ter sido muito bem pensado. Na temporada de estreia da categoria em 2014, algumas das equipes já tinham relação com montadoras, interessadas em desenvolver a tecnologia de motores elétricos.

​Quando países europeus começaram a divulgar que iriam banir motores a combustão, a categoria virou um grande atrativo. A decisão de diversos países europeus de acabar com os carros movidos a gasolina, colaborou bastante para impulsionar o interesse na categoria de grandes montadoras como: Audi, BMW, Jaguar, Mercedes, Nissan e Porsche. Todas já participam da categoria e recentemente a McLaren assinou um acordo. Além disso, em 2018 a gigante mundial de robótica e tecnologia ABB se juntou à categoria, adquirindo o nome do campeonato.
Isso me lembra um pouco a história da Fórmula 1, que tinha, e ainda tem, interesse das montadoras e demais empresas em desenvolverem produtos e tecnologias no limite extremo.

​A proposta da Fórmula E é bem clara, ser uma plataforma para empresas desenvolverem tecnologias relevantes, ajudando a refinar o design de veículos elétricos e a melhorar a experiência de direção para os usuários de carros de rua em todo o mundo. Hoje a categoria atrai as montadoras pela possibilidade de desenvolver uma nova tecnologia para automóveis, tecnologia essa que cada vez mais parece ter vindo para ficar. Além disso, a proposta de tecnologia e sustentabilidade da Formula E, que opta por correr apenas em ruas das cidades e não utilizar autódromos faraônicos, chama atenção também de empresas do ramo da tecnologia e de empresas relacionadas ou preocupadas com questões de sustentabilidade.
A Fórmula E parece pensar em tudo. Não à toa recebeu em 2018 o ISO20121, certificação que ajuda a categoria a gerenciar os eventos de forma sustentável, promovendo a inclusão social, a prosperidade econômica e a proteção do meio ambiente.

Na interação com os fãs a categoria foi uma das primeiras do automobilismo mundial a utilizar as redes sociais, sendo o primeiro evento esportivo do mundo em que o torcedor realmente pode influenciar no resultado, com o chamado Fanboost. Um botão que dá uma potência extra aos pilotos escolhidos pelo voto dos torcedores. A Stock-Car Brasil desde 2017 segue essa ideia com o nome de Fan Push, na busca de uma maior interação com o público.​
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​Mais recentemente, a Fórmula E se tornou acionista da Extreme E, uma categoria que colocará SUVs elétricos em lugares do globo que necessitam de preservação ambiental como a Floresta Amazônica, será uma espécie de rally de carros elétricos. Com previsão de início para abril, a Extreme E conta com os ex-pilotos de Fórmula 1, Jenson Button e Nico Rosberg, além da lenda ainda em atividade, Lewis Hamilton, como dono de equipes. E não só isso, dos 17 pilotos confirmados até o momento 8 são mulheres.

​​Envolvendo a comunidade por onde passa, trabalhando em prol de metas compartilhadas com os fornecedores, atendendo a demanda de patrocinadores, tendo interatividade com o público e tendo muito engajamento social, a Fórmula E é um exemplo muito interessante e que tem muito a ensinar ao esporte e para quem gosta de marketing esportivo.
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Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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O esporte não é um reflexo da sociedade, é a sociedade

21/11/2020

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Crédito: Miguel Teirlinck - unsplash
De tempos em tempos, surge uma velha máxima na imprensa, nas salas de aula ou mesmo nas rodas de amigos: o esporte é um reflexo/espelho da sociedade. Assim se justificam comportamentos dos mais diferentes atores deste universo: atletas, dirigentes, treinadores, torcedores. Escândalos, polêmicas, brigas, tudo acaba compreendido como uma continuação de atitudes que o envolvido ou a envolvida tem ou teria fora do escopo da prática de sua profissão ou na demonstração de pertencimento ao grupo do seu time preferido.
 
Porém não nos esqueçamos que sociedade é, numa definição básica, um agrupamento de indivíduos seguindo um padrão comum em determinado período de espaço e tempo. Ou seja, é composta por todas as ações desta coletividade. Deste modo, as decisões tomadas por homens e mulheres em seus trabalhos, perante sua família e amigos, no trânsito ou no estádio de futebol, não podem ser recortadas do todo e inseridas naquela situação específica, mas sim entendidas como o comportamento que ele ou ela apresenta em todos os âmbitos de convívio.
 
Contextualização feita, passemos aos temas centrais deste texto. Recentemente, dois casos distintos ganharam notoriedade nas páginas esportivas do noticiário. No dia 20 de setembro, a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, logo após conquistar o terceiro lugar no Circuito Brasileiro da modalidade, em Saquarema-RJ, se manifestou contrária ao presidente Jair Bolsonaro. No momento da premiação, ela gritou “fora, Bolsonaro” no microfone.
 
Já em 10 de outubro, o Santos Futebol Clube anunciou a contratação do atacante Robinho, naquela que seria a terceira passagem deste pela Vila Belmiro. Mas o que seriam apenas mais dois fatos corriqueiros – a expressão da opinião de um atleta e uma negociação do mercado da bola – tomaram proporções muito superiores à esfera esportiva. Carol Solberg foi imediatamente execrada nas mídias sociais por defensores do presidente, e defendida em seguida por seus críticos. O retorno de Robinho aos holofotes fez com que fosse lembrada sua condenação por estupro na Itália em 2017, por um acontecimento de 2013.
 
Solberg recebeu uma advertência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com base no raso argumento de que sua manifestação poderia prejudicar a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) e seus patrocinadores, como se uma opinião pessoal fosse superior à reputação das instituições (não que a da CBV seja muito limpa, mas isso é assunto para depois). O presidente do STJD Otacílio Araújo, ignorando completamente o fato de a arena de jogo fazer parte da sociedade, também afirmou ser “errada” a fala inserida dentro da quadra.
 
Felizmente, num lapso de consciência, o STJD absolveu-a no último dia 16. A condenação seria extremamente perigosa para justificar posteriores cerceamentos a manifestações de liberdade de expressão, seja no esporte ou fora dele. A decisão de um órgão superior de justiça pode encorajar ações similares de outras instituições, que, não raramente, interpretam textos e julgamentos à sua própria luz, a fim de justificar opiniões controversas cujas defesas, em certos casos, chegam a tangenciar o absurdo.
 
O Santos, por sua vez, errou ao não considerar a imagem de Robinho para a contratação – ou pensou que seus torcedores o idolatravam a ponto de ignorar uma condenação por crime hediondo. O próprio clube desprezou tal fato, diga-se, e só cancelou o acerto com o atacante após perder patrocinador e quase perder outros. Isto é, pouco importou Robinho ser um criminoso condenado, impedido de pisar na Itália, muito menos a saúde física e mental da vítima. O Santos Futebol Clube só desistiu do negócio quando sentiu no bolso.
 
A empresa que rompeu o contrato de patrocínio com o clube do litoral paulista é do ramo de odontologia estética, e justificou o fim da parceria pelo fato de a maioria de seus clientes ser mulher, assim como a vítima de Robinho. A observação de um padrão comum em determinado período de espaço e tempo, portanto. Outros patrocinadores lançaram comunicados oficiais deixando claro não tolerar violência, sobretudo contra a mulher.
 
Nunca houve, como nos anos recentes, tantas manifestações contrárias aos abusos contra mulheres. O movimento #MeToo surgiu entre profissionais femininas de Hollywood e encorajou vítimas no mundo todo a exporem seus casos e denunciarem seus agressores. A sociedade contemporânea já não tolera mais tal comportamento, ainda que o criminoso seja um jogador de futebol famoso, ídolo de um dos times mais populares do país.
 
O mesmo vale para o episódio envolvendo Carol Solberg. Ela tem total direito de expor sua opinião enquanto pratica sua atividade profissional, mesmo sofrendo ameaças – de morte, inclusive – e com a propagação de notícias falsas envolvendo seu nome. A sociedade brasileira atual não está preparada para ser contrariada, tomando para si aquilo que julga como verdade absoluta – e ai de quem pensar diferente. Por isso é muito importante a absolvição da atleta, uma vez que a própria existência de julgamento neste caso já é por si só um despropósito.
 
Sociedade é algo único, indissociável. Não existe a sociedade do esporte, a sociedade do trabalho, a sociedade da família. Nossas atitudes e pensamentos são únicos, e as decisões que tomamos são elos de uma mesma corrente. Para a engrenagem não enguiçar é necessária a existência de opiniões conflituosas, de discordâncias, mas com respeito às normas vigentes. Exaltar um estuprador e proibir manifestações políticas entram na categoria de atendados à liberdade e ferem o convívio social. Não deveriam sequer serem cogitadas, portanto.
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Autor: Pedro Corat
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Comunicação Empresarial
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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Seu nome aqui: o sonho dourado, preto e branco dos naming rights

27/8/2020

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Crédito: Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA - flickr.com
​Olá, amigos e amigas. Que bom estar de volta! Nestes dois anos ausente do Portal, me casei com a Layla e me tornei pai da Ana Lívia e “paidrasto” do Samuel. E o mundo foi à lona, nocauteado por um inimigo invisível. Que esta pandemia acabe logo e soframos o mínimo possível. Porém alguns cenários são os mesmos do meu último texto até hoje. Neste caso específico, a situação segue inalterada desde 2011: a comercialização dos naming rights pelo Corinthians de sua arena.
 
No dia 30 de maio daquele ano, precisamente às 8h14, a construção do estádio foi iniciada. Já com a promessa de sediar a Copa do Mundo FIFA 2014, o alvinegro paulista, recém eliminado na fase classificatória aos grupos da Libertadores pelo desconhecido Tolima da Colômbia, começava a concretizar um de seus maiores objetivos nos, até então, 101 anos de história. O local não poderia ser mais emblemático: a Zona Leste da capital do Estado, berço da torcida corintiana.
 
Além do andamento das obras, um termo pouco comum aos ouvidos brasileiros começou a ganhar espaço na imprensa esportiva: naming rights. Em tradução direta, direitos de nomeação. No escopo do marketing, é o direito de uma marca ou empresa de nomear o espaço ou evento em questão, em troca de uma quantia significativa de dinheiro. No Brasil, o exemplo mais conhecido no esporte é o Allianz Parque, arena pertencente ao Palmeiras. Porém os mais antigos se lembram do Free Jazz Festival ou do Hollywood Rock, quando os naming rights foram explorados na área de eventos culturais.
 
Os naming rights vão além de simplesmente pagar pelo direito de batizar determinado estádio, arena ou evento. Permite à corporação explorar comercialmente o espaço, podendo nomear também setores específicos, como camarotes, salas de imprensa e vestiários, a fim de exibir o leque de produtos que fazem parte de seu portfólio. Por exemplo, a Unilever pode comprar os naming rights de um estádio e batizar um lado das arquibancadas de “setor Dove” e o outro de “setor Rexona”. Tudo, evidentemente, de acordo com o contrato assinado junto ao detentor do local.
 
Deste modo, investir em naming rights pode se tornar uma excelente maneira de a empresa se firmar na memória dos consumidores e, consequentemente, ser a escolhida na hora de encher os carrinhos pelas gôndolas do supermercado. Naming rights, portanto, também atuam no sentido de criar preferência de compra e criar conexões afetivas entre consumidores e marca, haja vista a carga emocional que o esporte carrega consigo. Mas para que tal situação seja bem-sucedida, é preciso, antes de tudo, fixar o novo nome do espaço entre o grande público e a mídia.
 
Um exemplo de fracasso dos naming rights se deu logo no primeiro caso do tipo no Brasil. Em 2005, o Athlético Paranaense vendeu o nome de sua arena à fabricante asiática de celulares Kyocera. Porém a Kyocera Arena era assim chamada por poucos. Os demais interessados no estádio o nomeavam pelo apelido, famoso até hoje: Arena da Baixada. Conclusão: em 2008, o próprio Athlético desfez o contrato, em busca de um parceiro mais lucrativo. Não conseguiu. A Kyocera Arena não foi eficaz em estabilizar sua marca entre os torcedores, o que talvez tenha refletido na baixa rentabilidade da sociedade.
 
Precavido, o Corinthians tem em contrato com a Rede Globo, principal detentora dos direitos de transmissão do futebol brasileiro, que a emissora deverá chamar sua arena pelo nome definido após a venda dos naming rights, independentemente de qual corporação os adquirir. O objetivo é evitar casos como o do rival Palmeiras, cujo Allianz Parque é tratado por Arena Palmeiras na líder de audiência dos televisores nacionais. Ou, ainda, o da Red Bull, que tem sua escuderia da Fórmula 1 Red Bull Racing chamada de RBR pela mesma emissora.
 
Se o Corinthians venderá realmente os naming rights de sua arena, não se pode afirmar. Porém esta chama, que parecia apagada, formou uma nova faísca nas últimas semanas. O apresentador da TV Bandeirantes Neto cravou o negócio fechado e, desde então, as especulações em torno do possível comprador só fazem aumentar, bem como as expectativas do torcedor alvinegro de, enfim, ver o clube aliviar suas contas. O tempo confirmará ou não o furo de reportagem. Em caso positivo, resta saber se o clube paulista e a empresa saberão monetizar a parceria.
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Autor: Pedro Corat
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Comunicação Empresarial
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
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26 filmes de esportes para quem estuda o assunto

23/7/2020

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​Frequentemente indico filmes para meus alunos da faculdade de Educação Física, como forma de ilustrar e aprofundar alguns ensinamentos do meio esportivo. Quase todos são baseados em fatos reais.
 
Acredito que vale a pena reservar umas duas horas para assistir cada um, pois os conteúdos vão além do esporte, com fatos históricos que nos ajudam a entender os dias atuais. Em tempos de pandemia, esta lista poderá tornar mais proveitoso os horários livres.
*Infelizmente nem todos os trailers estão com legenda em português.

​1 – O homem que mudou o jogo – Moneyball (2011)

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O filme é baseado em fatos reais e conta como a análise de dados passou a ser importante no meio do esporte. Um matemático conseguiu identificar jogadores de beisebol que eram desprezados pelas equipes, mas eram mais eficientes para determinadas posições de jogo, com menores salários. Este filme inspirou muitas análises de jogo em diversas outras modalidades esportivas.

2 – Duelo de Titãs – Remember the Titans (2000)

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​Também baseado em fatos reais, o filme aborda sobre o racismo que havia na sociedade norte americana e como uma equipe de futebol americano colegial lidou com o tema internamente entre os integrantes da equipe e externamente em relação aos familiares e a comunidade local.

3 – Ícaro – Icarus (2017)

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​Este é um documentário sobre o esquema organizado pelo governo russo para burlar o controle antidoping dos atletas olímpicos do país. Isto resultou na suspensão de toda a delegação russa para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Além de toda a seriedade e complexidade desse tema, o responsável pelo documentário estava no meio da confusão quando a imprensa divulgou o caso, em contato direto com um dos cabeças do esquema.

4 – Borg vs McEnroe (2017)

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​O filme é baseado em fatos reais e relata a grande rivalidade que existiu entre dois dos maiores tenistas na década de 80. O “frio” sueco Bjorn Borg e o “esquentado” norte-americano John McEnroe. O filme demonstra como cada um se concentrava para os jogos, como enfrentavam as adversidades, as tensões do jogo individual e as pressões da imprensa e torcida.

5 – Rush: no limite da emoção – Rush (2013)

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O filme conta a história real da rivalidade entre os pilotos Niki Lauda e James Hunt. Há muito sobre os bastidores das corridas, as negociações dos pilotos com as equipes, o incrível acidente de Lauda em que o carro pegou fogo e como ele superou tudo isto.

6 – A grande escolha – Draft Day (2014)

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​O filme demonstra como ocorre o draft nos esportes profissionais dos Estados Unidos, nesse caso, no futebol americano. O draft é um evento de seleção dos jogadores que irão participar da liga esportiva profissional. Podem ser jogadores universitários dos EUA ou mesmo estrangeiros que farão a estreia no país. O draft faz parte do regulamento dos esportes profissionais nos EUA, como forma de manter um equilíbrio entre as equipes. Basicamente a ideia é reforçar as equipes mais fracas, para que todas tenham bons elencos para a competição. Assim, o último colocado no campeonato anterior será o primeiro a poder escolher qual jogador irá selecionar para o elenco. Isto é diferente do que ocorre na Europa e na América do Sul, em que os clubes mais ricos contratam sempre os melhores jogadores.

7 – Todos os corações do mundo – Two billion hearts (1995) 

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​Este é um documentário sobre a Copa do Mundo de 1994, nos EUA, a copa com o maior público nos estádios da história. Vai muito além dos gols, mostra várias entrevistas com jogadores, familiares e torcedores, ilustrando muito bem a tensão e a importância da copa na carreira de cada um. Este documentário também teve uma importância muito grande na forma de filmagem dos jogos, com câmeras invertidas no estádio, captando imagens que não haviam sido utilizadas nas transmissões oficiais. Adiciona a isto a participação de nomes como Romário, Roberto Baggio, Diego Maradona e o doping, Lothar Matthaus, George Haggi, Gabriel Batistuta, Denis Bergkamp, Jurgen Klinsmann, entre muitos outros.

8 – Somos Marshall – We are Marshall (2006)

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O filme é baseado em fatos reais, em que uma equipe universitária de futebol americano sofreu um acidente aéreo e todos morreram. O filme mostra como foi a reconstrução da equipe, diante do luto das famílias e da resistência da cidade em ter uma nova equipe.

9 – Um homem entre gigantes – Concussion (2016)

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​Este também é um filme baseado em fatos reais. Muitos ex-jogadores de futebol americano estavam relatando problemas como demência e vários cometeram suicídio após encerrarem a carreira. Um pesquisador analisou o cérebro de vários ex-jogadores e descobriu que estes fatos estavam diretamente relacionados com os impactos que os jogadores sofriam no jogo. Só que este é o esporte mais popular nos EUA e ele enfrentou um grande boicote de dirigentes poderosos querendo desqualificar a pesquisa e dificultando a divulgação.

10 – Invictus (2009)

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​Este filme também é baseado em fatos reais e conta a história de como o presidente Nelson Mandela promoveu a união entre negros e brancos na torcida pela equipe de rúgbi na África do Sul, após o apartheid.

11 – Munique – Munich (2005)

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​Este filme fala muito pouco sobre esportes, mas relata um fato histórico importantíssimo na história do esporte. Durante os Jogos Olímpicos de Munique em 1972, a Alemanha pretendia fazer um evento com pouca presença de militares, para celebrar “os jogos da paz” e apagar a má imagem deixada após a Segunda Guerra Mundial perante o mundo. Isto resultou na oportunidade perfeita para o ataque terrorista do grupo palestino Setembro Negro, que matou vários atletas de Israel na vila olímpica, diante de toda a imprensa internacional. O filme mostra um pouco como ocorreu este ataque, mas principalmente como Israel reagiu depois, caçando vários palestinos pelo mundo.

12 – Senna (2010)

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​Este é um documentário que mostra a carreira do Ayrton Senna, considerado um dos pilotos mais talentosos de todos os tempos. O filme mostra como ele enxergava a preparação para cada corrida, as rivalidades com os demais pilotos (principalmente com o francês Alain Prost) e o lado político que frequentemente influenciava decisões de bastidores na Fórmula 1.

13 – Hooligans (2005)

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​Este filme também fala pouco sobre esporte, mas demonstra o entorno, como torcidas organizadas agem em frente de torcedores rivais, polícia e imprensa. As motivações de irem ao estádio, que na maioria das vezes não está relacionada ao jogo. O caso demonstrado é na Inglaterra, com os famosos hooligans, que frequentemente são proibidos de entrarem nos estádios na Europa e nas copas do mundo.

Os filmes abaixo, eu ainda não vi, mas me indicaram. Estão por ordem de lançamento.
14 – Quando o jogo está alto – When the game stands tall (2014)
15 – Ouro, suor e lágrimas (2015)
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16 – Raça – Race (2016)
17 – O Programa – The Program (2016)
18 – Para sempre Chape (2018)​
19 – 10 segundos para vencer (2018)
20 – John McEnroe: o domínio da perfeição – John McEnroe: In the Realm of Perfection (2018)
21 – Bobby Robson, mais que um técnico – Bobby Robson, more than a manager (2018)
22 – Matchday: inside FC Barcelona (2019)
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23 – Fórmula 1: dirigir para viver – Formula 1: drive to survive (2019)
24 – Arremesso final: Michael Jordan - The last dance: Michael Jordan (2020)
25 – The English Game (2020)
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26 – El Presidente (2020)

​​Será que faltou algum filme importante? Tem outras sugestões?
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
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Balanço Esportivo dos 10 atletas mais bem pagos de 2018

23/12/2018

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Com o término do ano se aproximando, muitos se questionam à cerca do quanto ganham os atletas profissionais, ou ainda, qual o atleta mais bem pago.

Embora no imaginário popular os jogadores de Futebol sejam os melhores pagos no Esporte (o que não é tão inexato), eles nem de longe, atingiram a vultuosa cifra de Floyd Mayweather, que em 2018 abarcou cerca de 285 milhões de dólares em sua conta, tendo sido de acordo com o site USA Today e também, Ranking da Forbes, como o atleta mais bem pago do ano de 2018.

Não é novidade uma vez que Mayweather liderou o Ranking em 2015, 2014 e 2013. Em 2016, Cristiano Ronaldo liderou a lista, que hoje, ocupa a terceira posição com incríveis 108 milhões de dólares ao ano.

Embora os futebolistas não estejam liderando a lista atual, quando considerando os 10 mais bem pagos do ano de 2018, eles são maioria dentre os esportes, com 3 representantes (Messi #2 com 111 milhões de dólares; C. Ronaldo #3 com 108 milhões de dólares; Neymar Jr. #5 com 90 milhões de dólares), seguidos do Basquete com 2 representantes (Lebron James #6 com 85,5 milhões de dólares e Stephen Cury #8 com 76,9 milhões de dólares) e do Futebol Americano também com 2 representantes (Matt Ryan #9 com 67,3 milhões de dólares e Matthew Stafford #10 com 59,5 milhões de dólares). Sempre presente, o tenista Roger Federer ocupa neste ano a posição #7 com 77,2 milhões de dólares e o lutador de MMA Conor McGregor a #4 com 99 milhões de dólares.

Todos estes atletas ganham vultuosas quantias financeiras por meio de patrocinadores e propaganda. Já o tenista e os lutadores contam ainda com a premiação de seus certames e ainda, participação em bancas de apostas.

É... talvez seja a hora de colocar as filhas e filhos para praticar mais esportes!!!

Fontes:
https://www.usatoday.com/picture-gallery/sports/2018/06/06/forbes-top-10-highest-paid-athletes/35765295/
https://www.forbes.com/athletes/#3fe8863e55ae
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Autor: Thalles Ciancio Valle
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Jornalismo Esportivo e Multimídia.
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
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O jogo é só um detalhe

29/11/2018

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NFL Fan Experience
​Olá, amigos e amigas. Desculpem-me a ausência de textos no portal, outros compromissos foram passando na frente, e então me dei conta que já faziam cinco meses desde o último. Aliás, agradeço a repercussão positiva que este alcançou. Ao trabalho!
 
Imagine-se torcedor de um time da série A, mas com passaporte quase carimbado à segunda divisão faltando, digamos, 15 rodadas para o fim do Brasileirão. Destas, 8 serão em casa, no estádio onde você possui afetuosas memórias de infância. A diretoria toma decisões questionáveis, o técnico parece perdido, e o elenco não enche os olhos de ninguém.
 
Você é apaixonado pelo seu time*, mas não um fanático. Ou seja, frequenta o estádio de vez em quando, compra uma camisa ou chaveiro, mas coloca outras pautas em prioridade na sua escala de atenção e preocupação. O próximo jogo é em casa, contra um adversário direto na zona de rebaixamento, e os ingressos estão com preços promocionais.
 
Um amigo lhe convida a irem assistir à partida, você se anima. Porém olha a previsão do tempo: chuva com trovoada. As arquibancadas são descobertas. As ruas que dão acesso ao estádio são estreitas, engarrafamentos são constantes, não há estacionamento, ônibus só a 2km de distância. Sem contar as filas do sujo banheiro e da lanchonete – que cobra 30 reais por um sanduíche frio e uma cerveja sem álcool.
 
Você e seu amigo desistem de ir ao jogo, assim como outros tantos torcedores, e, o futebol sofrível será testemunhado por apenas uns 3 mil corajosos – a capacidade do estádio é de 35 mil. Vamos a outro cenário.
 
Sua nacionalidade é norte-americana, seu time preferido é de basebol. Novamente, você é um apaixonado, não fanático. A equipe não chega sequer aos playoffs a 40 anos, o elenco é carente de estrelas e, na atual temporada, as perspectivas são desanimadoras: 18 derrotas em 30 jogos. Mas a última vez que as arquibancadas do estádio local não estiveram lotadas em todas as partidas foi em 1998. Você é um dos responsáveis, pois assistiu in loco a 83% dos jogos em casa este ano.
 
Se o time vai mal, a lógica é o público se esvair das arenas, conforme visto no cenário brasileiro fictício do texto, bem como no real, por exemplo, com somente 3.614 pagantes assistindo ao melancólico 0 X 0 entre Vitória X Grêmio pela 37ª rodada do Brasileirão, que selou a queda dos baianos. Os dirigentes do futebol brasileiro parecem acostumados a tal situação, e, a receita já é conhecida por todos: time em má fase, ingresso quase de graça.
 
É como se a própria diretoria assinasse um atestado de incompetência e reconhecesse a falta de qualidade do elenco, pois julga que 5 ou 10 reais é o suficiente para ver aqueles 11 patetas. E o valor também seria, na ótica deles, adequado aos apertos do estádio – chuva, brigas, trânsito, jogo às 22h. Do mesmo modo, o torcedor é, para os cartolas, um chimpanzé amestrado cujo único fator decisivo sobre ir ou não ao estádio seria o preço.
 
Mas, então, o cenário norte-americano é uma mentira? É impossível ter um estádio lotado com o time a duras penas? Não, muito pelo contrário. Basta compreender que o local da prática esportiva, seja um estádio, ginásio ou arena, não se comporta somente como tal. Isto é, deve ser encarado como um espaço de entretenimento, no qual o jogo é apenas uma das atrações.
 
O torcedor considera todas as experiências vividas no estádio, não somente o embate entre seu time e o rival. Se o time vai mal mas lhe são oferecidas cadeiras confortáveis, cobertura, shows musicais, alimentação de qualidade, transporte público na porta, fan experience, atrações infantis, a probabilidade de retorno é maior do que se o time viver época vitoriosa, mas a ida ao local do jogo for desastrosa, com brigas, intimidação policial, tumulto nas catracas etc. 
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Tailgate em jogos nos EUA
Por conta disso, o cenário do torcedor de basebol norte-americano cujo time vai de mal a pior pode soar estranho ao brasileiro, mas é algo bastante corriqueiro nas ligas de lá. Ir a uma partida da MLB, NBA ou NFL é um programa da família, que toma o dia todo, quando não o final de semana. Uma cena comum é ver grupos fazendo churrasco e bebendo no estacionamento dos estádios nos EUA (tailgate), compartilhando emoções e experiências com desconhecidos.
 
Os dirigentes esportivos de lá entendem que o estádio ou a arena são uma fonte de sociabilidade, que ativam lembranças positivas, afeto, bem como o amor que o torcedor sente pelo time. Todos esses fatores são benéficos ao consumo, e tendem a fazer com que o espectador retorne ao local. Isto é, falta aos cartolas brasileiros a percepção de que o estádio é uma importante fonte de receitas, com enorme potencial a ser explorado pelo time e pelos patrocinadores.
 
Desta maneira, é preciso pensar o ambiente da prática esportiva como uma engrenagem capaz de satisfazer o torcedor desde o momento em que compra o ingresso online, até a volta para casa. Acordos com prefeituras a fim de se melhorar as vias de acesso e as linhas de transporte, por exemplo, são algo além do esporte, mas, em uma perspectiva macro, ajudam a experiência do público a ser positiva. Fidelizar o torcedor não é só cobrar preço de banana quando o time precisa ganhar.
 
*Para saber mais sobre classificações de torcedores, procure por artigos científicos com o tema Fan Typology ou Fan Category.
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Autor: Pedro Corat
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Comunicação Empresarial
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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Marketing Esportivo na prática, muito além de nome na camisa

17/11/2018

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​No último sábado, dia 10/11/2018, o Rugby Brasileiro, recebeu em São Paulo a equipe Maori All Blacks. Uma curiosidade é que a equipe Maori, tem como requisito um critério genealógico para que determinado jogador, possa fazer parte do time.

Vale lembrar que eles ainda têm mais um jogo aqui na América do Sul, que será contra o Chile, no dia 18/11/2018 e tiveram ainda, um jogo anterior à partida contra o Brasil, tendo vencido os Eagles (seleção Norte Americana) por 59 a 22. O Brasil foi vencido por 35 a 3, mas neste texto, não irei falar sobre os méritos de resultados em termos de placar.

Aos fatos, haviam mais de 34 mil pessoas presentes num dia de chuva em São Paulo, no Estádio do Morumbi e equivocadamente algumas matérias publicadas, informaram que o público esteve presente em massa apenas para assistir ao HAKA (dança realizada pelas equipes da Nova Zelândia). Uma inverdade fruto de um desconhecimento absurdo da evolução do trabalho da Confederação Brasileira de Rugby.

​Há cerca de 8 anos atrás, a Topper (um dos principais patrocinadores da seleção) lançou uma série de comerciais vinculados à época ao SporTV em que divulgavam o Rugby Brasileiro, confira aqui, do que estou falando, para entender a evolução disto:
​Anos mais tarde o Brasil seguiu desenvolvendo e divulgando a modalidade, sediando eventos no país e trazendo jogos amistosos. Tudo fruto de um trabalho sério e de longo prazo. Pude pesquisar com cerca de duzentos praticantes da modalidade em 2015 e concluí com o grupo investigado, que havia reconhecimento dos valores atrelados ao Rugby. A imagem dos patrocinadores tida pelos consumidores e o Slogan da Topper à época era: Topper – Coração Manda e justamente o valor “Paixão”, foi o mais vinculado à marca.

​E a seleção brasileira, mostra como coloca em prática os valores do Rugby. Veja, por exemplo, o scrum (formação fixa para disputa de bola, com oposição entre 8 jogadores) em que a seleção brasileira subjuga a nobre seleção Maori.
​Aos 0:23 do vídeo a torcida vai ao delírio frente à demonstração de garra e perícia técnica da seleção brasileira. Fato é que os 34 mil presentes, não são obra do acaso, são fruto da evolução de um trabalho de divulgação que começou há quase uma década atrás, mas que infelizmente acaba sendo ofuscado pelo futebol e que só são notadas, quando eventos assim acontecem.

A Topper à época foi ousada e fez uma propaganda tão sagaz quanto às propagandas da empresa Heineken (que vez ou outra surpreendem em suas ações). Isto de algum modo, condiciona o subconsciente coletivo, que hoje, já nota e atribui a atenção devida, ao nobre Rugby do Brasil, que transcendeu sem dúvida nenhuma, o velho e tradicional patrocínio apenas vinculado ao nome de camisa e placas de campo.

Isto, é marketing!

​Fica aqui os parabéns a todos os envolvidos e a estima de que siga o desenvolvimento da modalidade.
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Autor: Thalles Ciancio Valle
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Jornalismo Esportivo e Multimídia.
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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A banalização do Marketing Esportivo em Copas do Mundo

28/6/2018

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​Há não muito tempo atrás, me lembro de não me importar tanto para os resultados dos jogos da Copa do Mundo, pois minha única preocupação era pedir ao meu pai que me comprasse uma Coca-Cola King Size para eu trocar a tampinha (famosa champinha se você é de Minas Gerais) por brindes espetaculares.

Naqueles idos eram Futcards na Copa América, Futegudes (bolas de gude com rostos de jogadores), mini craques, minibolas e ursos nas Copas do Mundo, além de diversos outros brindes dos quais sequer me recordo e sequer guardei, mas que na época eram tudo de que me importava numa Copa do Mundo.

Mas o Futebol como produto mudou, os estádios hoje arenas, mudaram bastante e tudo de alguma maneira mudou para melhor, visando atender um novo público, uma nova demanda do mercado que agora, topa pagar mais por quase o mesmo produto.

Esta mudança no futebol, acarretou em mudanças diversas em mercado secundário e o primeiro local onde foi sentido esta mudança foi nas falsificações de produtos, que passariam a serem limitadas por leis mais rígidas e contratos de uso de imagem, que aos poucos foi limitando aquelas inúmeras versões diferentes de camisas do Brasil à venda em qualquer lugar por aí...

Os contratos passaram a ficar menos flexíveis e mais específicos, determinando exatamente tudo o que não poderia ser mais feito e tudo o que deveria ser feito. Os eventos, passaram a resguardar e proteger seus patrocinadores (até como maneira de prover uma contrapartida ou ainda, algum retorno do investimento).

Até que em 2018 durante um jogo da copa do mundo, mais específico o jogo do Brasil contra a Costa Rica (segundo jogo do Brasil na Copa de 2018), por determinação da FIFA, a Rafaella (irmã de Neymar Jr.) e a Bruna Marquezine, tiveram de apagar uma foto em que faziam propaganda para a marca C&A de sua conta no Instagram. Foto que havia inclusive sido divulgada no perfil da C&A, que posteriormente, também veio a apagar o conteúdo.

A alegação da FIFA é clara e muito profissional: Nenhuma marca (não patrocinadora) pode se atrelar a imagem do evento. Na prática, foi sepultado algo chamado na literatura de “Marketing como retorno espontâneo” (não muito espontâneo neste caso), que seria quando determinada marca aparece e ganha destaque sem real intenção, ou ainda, não por meio do apoio direto.

De um lado, uma sacada genial da FIFA para blindar seu evento e a altíssima visibilidade atrelada a ele, do outro, a perda do senso de inclusive poder publicar determinada selfie sem estar associando determinada marca ao evento... a linha fica tênue e tudo hoje tem uma marca!

​E segue o jogo...
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Autor: Thalles Ciancio Valle
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Jornalismo Esportivo e Multimídia.
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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A mídia é nociva ao futebol brasileiro

22/6/2018

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​​Era uma vez uma seleção pentacampeã do mundo, com jogadores protagonistas no futebol mundial, um técnico vencedor – em decadência, mas vencedor – e um dito “quadrado mágico”. Este era o cenário do Brasil na Copa de 2006, na Alemanha. Para algumas rasas análises da imprensa esportiva, o hexa era questão de tempo. Para a mídia de maneira geral, também. E a torcida comprou o discurso.
 
Tanto é que, puxe na memória, você que tem mais de 20 anos, os treinos preparatórios ao Mundial mais pareciam a plateia do show do Justin Bieber ou da Lady Gaga. Havia um acerto contratual, acredite se quiser, que todos os treinos teriam presença de torcida – com ingressos pagos. Todos.
 
A comissão técnica tentou reclamar, mas cedeu, afinal, quem poderia parar o “quadrado mágico”? Se na época existisse o Encontro com Fátima Bernardes, certamente a moça que invadiu o gramado para abraçar Ronaldinho Gaúcho seria entrevistada. Talvez até ganhasse um papel em algum reality show de quinta categoria – perdão pela redundância.
 
Aí veio o jogo, o futebol – quem se lembrava dele? – e o resultado todos já conhecem. Thierry Henry, a meia do Roberto Carlos, e o hexa ficaria para 2010. O Brasil teria quatro anos para cicatrizar as feridas, encontrar substitutos para a envelhecida geração do penta, e renovar o comando técnico.
 
Quatro anos se passaram, e era chegada a hora da Copa do Mundo. Se em 2006 havia uma exposição exagerada, em 2010 o então comandante Dunga mudou o trato com a imprensa. Porém mais uma vez esta foi decisiva no fracasso da seleção. Um desentendimento de campo entre Daniel Alves e Julio Baptista noticiado como briga, e uma discussão do técnico com o jornalista Alex Escobar, motivada pela proibição à participação dos atletas no Fantástico, desgastaram o já enfraquecido time. Novo fracasso, desta vez na África do Sul.
 
Nesse meio tempo, surgiu um novo Messias: Neymar. O atacante nasceu para o futebol no Santos em 2009, e logo já se tornou um popstar. Qualidade em campo ele mostrava possuir bastante, mas para a mídia interessava mais seu novo corte de cabelo, sua namorada, suas baladas, do que discutir como a seleção poderia encaixá-lo no esquema tático, ou a contribuição daquele Santos para alterar o panorama internacional do futebol brasileiro.
 
Em 2011 o Santos de Neymar foi campeão da Libertadores e se credenciou a disputar o Mundial de Clubes. Desenhada a decisão contra o Barcelona, a mídia não soube, novamente, reconhecer a inferioridade do futebol brasileiro. Houve quem afirmasse que o Santos venceria, com Neymar em atuação épica. O Barcelona deixou a todos boquiabertos com o baile dentro de campo. 4 X 0, com um Santos sem padrão algum.
 
Em sua entrevista pós-jogo, o então técnico do time espanhol Pep Guardiola foi tratado como ilusionista pelos jornalistas brasileiros, como se acabasse de inventar um novo esporte. Sua resposta foi categórica: só estavam fazendo o que o Brasil ensinara ao mundo em 70 e 82. Isto é, jogando futebol com esquema tático, jogadores cumprindo seu papel em campo, preparação física adequada. Foi um tapa na cara de todo um país.
 
Tanto é que quase a integralidade da mídia clamou na época para a contratação do próprio Guardiola como substituto de Dunga, esperando por um D. Sebastião que nunca partira, mas traria consigo o que lhe fora ensinado por aqueles que o queriam como professor. É confuso mesmo.
 
Veio 2014 e o Mundial da FIFA estava em casa. Não com Guardiola, mas com o comandante do penta – uma prova da gestão preguiçosa e acomodada, que, na incompetência de mudar o curso das ações, estacionou na zona de conforto e optou por alguém já alinhado ao discurso e ao modus operandi. E, assim como em 2006, a mídia transformou a seleção brasileira em produto do showbiz.
 
O auge foi quando o apresentador Luciano Huck pousou com seu helicóptero no gramado da Granja Comary, interrompendo um treinamento. Debord sorriria, se fosse vivo. Não houve o menor respeito pelo trabalho dos profissionais que ali estavam se preparando para jogar uma Copa do Mundo. Só se pensou na audiência, nos patrocinadores, no espetáculo. O marketing não deve se sobressair em relação à prática esportiva em hipótese alguma.
 
Resultado: vexame histórico, inapagável, com emocional mais fraco que a linha de marcação. E a mídia tem sua parcela de culpa nos 7 X 1, sim. Alguns papéis da imprensa são questionar, provocar, promover debates e opiniões divergentes, cobrar. Não se achar a dona do produto, e moldá-lo a seu próprio sabor, nem tentar fabricar heróis e exigir deles um desempenho irretocável, como vem fazendo com Neymar este ano.
 
O atacante do PSG não está em suas melhores condições físicas, nem vem apresentando um bom futebol na Copa do Mundo até aqui, e seu comportamento pode ser questionado. Mas quando se busca o noticiário sobre o Brasil no Mundial, o nome dele é dominante. E, logicamente, boa parte do tempo é utilizado para se discutir seu novo visual. Ou para levar sua mãe e a de outros jogadores em um tour pela Rússia.
 
Justiça seja feita aos profissionais da imprensa esportiva que, de fato, debatem sobre o assunto, por mais óbvia que tal afirmação possa parecer. Estes sabem criticar quando é preciso, elogiar idem, respeitando a soberania do jogo. O futebol é, antes de tudo, um esporte, não um tapa-buraco na grade de programação.
 
Não há nenhum mal em um atleta ser entrevistado por um programa de variedades, ou estrelar uma campanha publicitária. Ao contrário, são ações do marketing esportivo, ora, saudáveis para estreitar laços com o grande público e evidenciar seu nome, o da seleção, ou do clube na mídia. Mas que não atrapalhe os treinos e jogos. Que Tite e seus 23 convocados saibam tirar proveito de ambas as situações para, enfim, conquistarem o hexa.
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Autor: Pedro Corat
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Comunicação Empresarial
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
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