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A escassez de laterais de elite no futebol internacional

15/5/2018

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​A lesão do lateral direito Daniel Alves na véspera da Copa 2018, chamou a atenção por dois motivos. O primeiro, é pela própria ausência dele, que é considerado um dos melhores do mundo na posição. O segundo, pois há uma certa escassez de laterais de elite em todas as seleções, como foi destacado nesse texto. O curioso é que há motivos conhecidos para justificar esta escassez.
 
Existem duas capacidades no futebol que são determinantes para definir as posições que os jogadores atuam: velocidade e habilidade técnica. Em linhas gerais, normalmente os mais habilidosos e velozes costumam jogar nas posições ofensivas (meias e atacantes). Os não tão velozes e não tão habilidosos costumam jogar nas posições defensivas (zagueiros, laterais e volantes).
 
Isso é regra? Não, mas é o que geralmente acontece, por causa da própria exigência do jogo. É mais difícil atacar e criar jogadas ofensivas do que defender. Os jogadores ofensivos precisam se livrar da marcação durante todo o jogo, necessitando muito de velocidade, agilidade e principalmente de habilidade. Desta forma, pela lógica, os melhores jogadores (mais habilidosos e rápidos) serão melhor utilizados nas posições ofensivas.
 
Entre os não tão habilidosos, que geralmente atuam nas posições defensivas, os mais rápidos geralmente atuam nas laterais, enquanto os mais altos costumam atuar de zagueiros e os mais habilidosos como volantes, por atuarem no setor de meio campo.
 
Agora é importante compreender como ocorre a formação destes jogadores, durante a adolescência. Eles atuam nas categorias de base dos clubes, numa fase chamada de especialização. Isso significa treinar cada jogador ao máximo na mesma posição, para que ele se torne um especialista nesta posição e consiga desempenho acima dos demais concorrentes pela mesma vaga. Laterais quase sempre treinam como laterais, zagueiros como zagueiros e assim por diante para todas as posições.
 
No entanto, alguns fatores podem influenciar mudanças de posições nessa fase de especialização. Por exemplo, quando há muita concorrência para uma posição, é comum que os jogadores menos aptos busquem outras posições para que consigam uma vaga na equipe. Os não tão habilidosos certamente deixarão de tentar atuar nas posições ofensivas. Os baixinhos desistirão de ser zagueiros e goleiros, já os lentos provavelmente irão abandonar a carreira. O futebol competitivo é assim, excludente, só ficam os melhores.
 
Agora, voltando a questão inicial, por que há certa escassez de laterais de elite no futebol internacional?
 
Qualquer equipe de categoria de base que tenha um ótimo lateral, mais habilidoso que os meias e atacantes, certamente irá deslocar esse lateral para estas funções ofensivas. O lateral esquerdo Michel Bastos é um dos grandes exemplos disso, que já atuando na categoria profissional, no Lyon, um dos principais clubes franceses, deixou a lateral esquerda para atuar na ponta direita, usando toda sua habilidade e velocidade. O próprio Daniel Alves, que motivou este texto, também já atuou em posições ofensivas no Barcelona, na Juventus e até mesmo na Seleção Brasileira.
 
Já passei por essa situação em duas equipes que eu era o treinador. Eu tinha laterais mais habilidosos e rápidos que os meias e atacantes. Essas mudanças foram inevitáveis e nos dois casos melhorou o rendimento das equipes. A função do meia ofensivo é mais decisiva que dos laterais e torna-se um desperdício deixar um lateral muito habilidoso só atuando na lateral. Isso explica de forma geral a escassez de tantos laterais de qualidade.
 
Qual a solução para este problema? Laterais que atuem em equipes com meias e atacantes mais habilidosos, certamente serão mantidos nas laterais. Porém nem sempre isso é possível. Assim, o ideal é que cada jogador atue durante toda sua formação em no mínimo duas posições. A princípio parece que irá prejudicar a especialização dele, mas na realidade não. Pelo contrário, tornará o jogador ainda mais completo e inteligente, com melhor noção de outra posição e setor do campo.
 
Diversos atletas de alto nível mudaram de posição depois que envelheceram e ficaram mais lentos, porém compensaram com um desempenho mais completo e inteligente em campo. Alguns grandes exemplos: o ponta galês Giggs passou a jogar como volante. O ponta alemão Schweinsteigger também virou volante. O meia alemão Mathaus passou a atuar como líbero no setor defensivo. O lateral italiano Maldini passou a atuar de zagueiro. O lateral brasileiro Zé Roberto passou a atuar como volante, entre tantos outros casos de mudança de posição no futebol de elite.
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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