Em qualquer atividade em que uma pessoa está inserida para que ela seja produtiva, ela precisa estar com todas as peças da sua vida em equilíbrio, mas algo que tem sido muito negligenciado na nossa sociedade atual é o momento da pausa para relaxar, e no esporte funciona da mesma forma. Sem momentos adequados de descanso e relaxamento o atleta percebe que rapidamente sua produtividade cai. É tão que sejam reservados momentos para parar, descaçar, relaxar e se divertir. Não importa em qual local, o atleta deve encontrar momentos espaços e momentos para que consiga dar uma pausa, pode ser a noite toda, algumas horas no dia ou apenas alguns minutos, isso realmente não importa de forma significativa, desde que esse momento que o atleta reserve seja realizado com qualidade. Relaxado, o atleta consegue otimizar suas atividades. É importante entendermos o quanto relaxar é realmente importante, de fato é essencial. Meus atletas sabem que descansar e relaxar são algo que coloco como fundamental em nossas atividades, que o atleta deve colocar em sua programação de treino. Na programação do treino, colocamos o tempo de descanso, de sono, relaxar e se divertir, tudo na sua proporção correta, isso faz com que o atleta otimize as suas habilidades e capacidades, melhore a sua motivação e também se sinta com mais energia e resistência. Após o atleta relaxar, ele poderá, por exemplo, treinar com muito mais foco e energia, porque ele está se respeitando, ele começa a se entender melhor e compreender suas demandas internas, o que o seu corpo está “falando” e “pedindo” e muitas vezes essa pausa, esse pequeno descanso é o suficiente para melhorar os resultados em sua performance. Estamos em um mundo “Workholic”, e no contexto esportivo de “Overtraining”, pois muitos pensam que fazer aquele “pouquinho a mais”, aquele além do que foi planejado para o treino pelo técnico fará toda a diferença. E não, ao contrário, isso pode levar o atleta a um extremo estresse físico e emocional podendo inclusive levar a uma lesão. O atleta deve relaxar, descansar, isto é, se respeitar. Relaxar é preciso, esse relaxamento é essencial, e caso o atleta mesmo fazendo o necessário, reservando um tempo especifico e na hora que tenta relaxar não consegue o Psicólogo do Esporte poderá auxiliar esse atleta o ensinando técnicas de relaxamento, para fazer um bom uso desse tempo reservado. Coloque na programação de vocês e lembre-se, isso faz parte do caminho da vitória e do sucesso. Espero que tenham apreciado a leitura e estou à disposição. Um grande abraço.
0 Comments
Muitos atletas sonham em ir para outros países para seguirem seus sonhos dentro do seu esporte, já que, infelizmente, no Brasil muitos deles não são valorizados. Uma das melhoras formas é através de bolsas de estudo pelo esporte, seja para o High School (Ensino Médio) ou College/University (Universidades). Além de competir no seu esporte em níveis elevados, você ainda tem contato com uma outra cultura e aprende um novo idioma. Hoje trago algumas informações para quem tem o interesse de estudar fora do país, conciliando estudos e esporte de alto nível. Os Estados Unidos são o principal alvo, com uma ampla variedade de opções de cidades, clima, valores e nível a ser jogado no esporte. Cada universidade se encaixa em uma federação, podendo ser elas:
Tendo claro suas preferências e vontades – esporte, cidade, clima, curso – o primeiro passo para iniciar um processo de intercâmbio esportivo é achar uma agência do ramo, o que vai facilitar muito todo o processo. A SGM Sports (@sgmsports), por exemplo, tem parcerias com grandes High Schools e Universidades em esportes como Atletismo, Basquete, Futebol, Golf, Tênis, Vôlei de Praia, etc. As chamadas Boarding Schools, são os High Schools que oferecem moradia e alimentação, como um internato. Nesse nível se encaixam estudantes-atleta entre 14 e 18 anos, e para início do processo serão necessários documentos como passaporte, carteira de vacinação, histórico escolar com tradução juramentada (tradução específica dos documentos escolares por um profissional qualificado), formulários preenchidos da instituição, recomendações acadêmicas e carta do sponsor (responsável financeiro comprovando renda suficiente para pagamento da escola). Algumas escolas exigem o TOEFL, teste para comprovar nível de inglês, e outras não, oferecendo até o ESL (English as a Second Language), que são aulas de inglês para alunos com nível baixo ou zero no idioma. Algumas escolas exigirão também um vídeo do atleta no seu esporte. Tudo depende de instituição para instituição, por isso é tão importante que tenha uma agência envolvida, a qual auxiliará em cada detalhe. Já para os Colleges ou Universidades, o estudante-atleta já precisa de um nível bom de inglês (comprovado pelo teste TOEFL e/ou SAT), ter entre 18 e 23 anos, passaporte, carteira de vacinação, histórico escolar e diploma do Ensino Médio com tradução juramentada, formulários preenchidos da instituição, recomendações acadêmicas, carta do sponsor (responsável financeiro comprovando renda suficiente para pagamento da escola) e vídeo atlético. Geralmente o primeiro contato é feito diretamente com o treinador da modalidade do aluno dentro da universidade escolhida, para negociar uma bolsa através do esporte através do vídeo e recomendações. Após esse processo inicial, tanto no Ensino Médio quanto na Universidade, se inicia então o processo da matrícula, onde a instituição passa toda relação de formulários e documentos para a agência de intercâmbio intermediar tudo com o estudante-atleta. Após negociação da bolsa, caso haja uma, e envio dos documentos, o aluno ao ser aceito pela instituição deverá preencher o formulário I20 e pagar a matrícula. Com isso, a escola emite o I-20 – documento mais importante para tirar o visto de estudante (visto F1), que comprova que você está vinculado a uma instituição de ensino americana. Com os documentos da escola em mãos, você já pode agendar seu visto no consulado americano no Brasil. É muito difícil falar em valores reais de um High School e Universidades, já que tudo depende da bolsa adquirida através do esporte, do rendimento acadêmico do aluno, se inclui ou não moradia e alimentação, se tem aulas de ESL ou não, material esportivo, etc. Uma outra opção oferecida é o intercâmbio familiar, onde o pai e/ou mãe e todos os filhos podem ir juntos como estudantes. Agora com a “era home office”, é uma opção muito interessante, onde, por exemplo, a mãe pode ir como estudante de ESL (English as a Second Language – aulas de inglês), mestrado, tendo o visto F1, e o marido e os filhos vão com o visto F2, que é o de dependente. Ou seja, comprovando a renda para bancar a família no país, você consegue ir com toda família por 1-2 anos, e os filhos ainda conseguem estudar em escolas públicas do país, as quais também possuem ótimos incentivos ao esporte. Outro ponto importante é que estudantes estrangeiros não podem trabalhar legalmente dentro dos Estados Unidos, o visto F1 e F2 é somente para estudo. A validade do visto vai de acordo com a duração do seu I-20, o qual expira ao final do seu currículo acadêmico dentro do curso que optou (exemplo: faculdade de jan/2020 a dez/2023, seu I-20 vai até jan/2024, podendo ser estendido sem problemas caso necessário). Uma opção para estudantes estrangeiros conseguirem trabalhar durante a universidade é o CPT (Curricular Practical Training) e/ou o OPT (Optional Practical Training). Com o CPT, você ganha um status dentro do visto F1 que te permite trabalhar dentro sua área de estudo durante a graduação - um estágio remunerado. Após se formar, você pode aplicar para o OPT, o que dá ao estudante 12 meses para trabalhar legalmente dentro do país dentro da sua área de estudo também. Caso se forme, ou queira terminar sua graduação no Brasil, você deve pedir para a instituição que estiver para que validem seu histórico escolar, e com isso, no Brasil, você deve validar seu diploma/histórico de acordo com as regras do Ministério da Educação. Eles checam se as aulas/créditos que você teve na universidade estrangeira, batem com o mesmo currículo escolar/universitário no Brasil do seu curso. Caso não, eles solicitam que você faça algumas aulas em uma universidade nacional para equivaler o número de créditos/disciplinas e validarem seu diploma no território nacional. Reforço que cada caso é um caso, cada instituição tem suas regras. Porém, vemos muitos casos de sucesso de brasileiros vindo para os Estados Unidos com bolsas de estudo através do esporte em grandes escolas e universidades. O incentivo é muito grande nos esportes, muitos centros de treinamento dentro de universidades são melhores que de muito time da série B/C do Brasil. As universidades sempre têm olheiros de times profissionais por perto e muitos contatos para que seus estudantes-atletas avancem para o próximo nível. Você ganha muita visibilidade para tentar atingir o nível profissional no seu esporte, conquista um diploma superior em outro idioma e ganha experiência de vida. Caso seja do interesse do estudante-atleta também, muitos conseguem trabalho após a graduação como treinadores/auxiliares do seu esporte, seja dentro ou fora da instituição. É um leque que se abre, são novas oportunidades que aparecem.
Olá, hoje eu vou falar um pouquinho sobre a competitividade no esporte. Esse tema vem especificamente de uma demanda que volta e meia aparece em meu consultório. Não só atletas, mas principalmente pais de atletas se questionam sobre a competitividade que se tem no esporte e de maneira geral se ela é boa ou não, principalmente quando o atleta começa a ingressar no mundo da alta performance, onde o que rege são as competições e os resultados. Independente da modalidade esportiva a questão do vencer, do ganhar, do conseguir um índice, de subir no ranking, entre outros é uma constante em qualquer esporte. Como vocês já sabem, hoje trabalho com atletas de dezessete modalidades esportivas diferentes, e por isso consigo falar com propriedade sobre essa questão do vencer. Portanto, não importa o quanto os esportes podem ser diferentes entre si, um dos pontos em comum é a competitividade. Se pararmos para observar, desde a base, vamos dizer lá quando ainda se é criança na escola, em aula de educação física, por exemplo, conseguimos diferenciar, as crianças que estão ali simplesmente pra se divertir, brincar, simplesmente porque é divertido. Mas também observamos outras que acabam se diferenciando também, que no momento da pratica esportiva estão atentas às regras, ao o que esse esporte está exigindo delas e é justamente nesse momento que elas percebem que é esse o desejo delas, um desejo de se superar, um desejo de vencer, um desejo de conquistar algo a mais. Nesse momento começamos a perceber muitas vezes em crianças muito jovens ainda em torno de quatro, cinco anos, que já começam a manifestar essa competitividade. Então, nesse momento alguns se perguntam, “Nossa, mas é bom tem esse nível de competitividade nessa idade!?”. A questão aqui não é se é bom ou não, mas simplesmente que ela é normal, portanto é necessário que partamos desse ponto de vista a partir desse momento. A competitividade é normal, faz parte do ser humano, da sua constituição interna, da sua característica, tanto biológica, mas também cultural. Então, quando as pessoas falam assim: “Nossa, fulano/fulana é competitivo”, lembre-se que ser competitivo não é um problema, mas o que iremos analisar a partir de agora é como cada atleta individualmente age e reage perante sua própria competitividade e se ela é saudável para si mesmo e os outros que estão a sua volta. Para algumas pessoas ser competitivo e estar em uma competição é altamente desgastante, o atleta não possui um repertório interno o suficientemente completo e efetivo para gerenciar/ administrar essas questões. Esse é um de vários pontos que se converso em frequentemente com meus atletas em minhas sessões e palestras. O atleta caso deseje e esteja disposto a fazer o que é necessário, poderá entender sua demanda interna, desenvolver ferramentas personalizadas e aprender a manejá-las nos momentos adequados, dessa forma terá mais chance de conseguir melhor domar suas emoções em diferentes situações e ter uma qualidade melhor qualidade em seu jogo nas competições. Mas em alguns momentos pode ocorrer que a pessoa perceba que ela não tem estrutura interna para lidar com essa competitividade a tal nível e talvez ela precise dar alguns passos pra trás. Infelizmente vemos “por aí” alguns atletas que acabam por se desligar, alguns atletas que acabam por interromper suas carreiras porque percebem que justamente não é pra si aquilo, e ainda sempre surge a dúvida se seria essa a melhor decisão mesmo ou não, mas é óbvio, meu trabalho aqui é falar sobre os atletas que avançam e vão além, esse assunto poderemos deixar para uma próxima conversa. Já uma parcela da população nasceu com “aquilo”, aquela gana, com aquela vontade, com aquela adrenalina, a pessoa gosta realmente daquela competitividade, não importa em qual setor da vida e onde ela se envolva, ela quer ser a melhor, e irá fazer tudo que for necessário para conquistar o que deseja. Estar em um ambiente competitivo faz bem pra essa pessoa. Se ela se encontra na “mesmice”, naquela rotina que considera chata, não terá desafio e uma vida sem desafio se torna desinteressante, sem adrenalina. Então para um atleta que é altamente competitivo, que já nasceu com essa característica, como Psicólogo do Esporte tenho menos trabalho, pois teremos menos trabalho nível terapêutico, e poderemos mais rapidamente focar o desenvolvimento do trabalho no Treinamento Mental, ainda existem outras características que poderei abordar em uma conversa futura pra falar desses pontos específicos da pessoa que já nasce com essas características. Voltando ao foco, acredito que é muito bacana pegarmos esse ponto que muitos pais vêm me perguntar, e me questionar. “Poxa, meu filho é competitivo, mas eu sinto que ele não sabe o que está fazendo”, “... que está ficando doente...”, “... eu sinto que ele não está curtindo a vida...”, “não está administrando o seu tempo corretamente...”, “... não está gerenciando direito as coisas”, etc. Então, converso com esses atletas e detecto que eles são competitivos, eles gostam da competição, eles querem ser os melhore, mas não estão sabendo como conduzir “as coisas” de forma efetiva. Eu digo pra vocês, a competitividade em si é muito boa, ela inicialmente não faz mal, como eu disse pra vocês no início dessa conversa, ela é normal, faz parte da gente. Portanto não devemos gastar muita energia discutindo essa questão, devemos sim focar se o atleta está conseguindo conduzir as coisas de forma saudável em sua vida ou não. Caso ele não esteja conduzindo sua competitividade de da forma ideal, o Psicólogo do Esporte dará o suporte necessário a esse atleta, ele vai entender melhor o que está acontecendo internamente, o histórico de vida, poderá trabalhar as emoções, e vai conseguir encontrar ferramentas para que ele consiga então conduzir as coisas com qualidade, trazendo alta performance em sua vida, muito vigor, com muita força, e principalmente sem perder a sua qualidade de vida. Gosto de destacar que a pessoa deve conduzir todos os aspectos de sua vida de forma equilibrada e assim ela consegue de fato prosperar dentro e fora de seu esporte. Então, é muito importante você que é pai, mãe, treinador, mas principalmente atletas, parem um pouso e investiguem, façam uma autoanálise e detectem, para responder questões como: Como estou conduzindo essa minha competitividade interna? Eu estou levando isso de maneira saudável ou estou fazendo mal pra mim ou pra outras pessoas que estão à minha volta? De que forma a competitividade a será conduzida a partir de agora!? Você pode simplesmente terminar de ler esse material e pensar “ah dá muito trabalho, eu não vou fazer nada” ou poderá resolver tomar as rédeas da sua carreira esportiva e perceber que você pode mudar as coisas, mudar a forma como você sente, mudar as formas como você conduz a sua carreira e sua visão sobre a competitividade. Revisando, primeiro decida se você é competitivo ou não. Lembre-se não há problema em não ser competitivo, mas seja justo com você, pois sabe que com certeza se você não tem essa garra interna, esse desejo de chegar lá e realizar, será muito mais difícil você conquistar algo relevante no seu esporte. É importante lembrar, você não se vê como competitivo ou não, mas gostaria de ser, há como desenvolver isso. Existem algumas características de personalidade que são difíceis de mudar, mas há formas de compreendê-las e controlar alguns tipos de pensamentos e comportamentos depreciativos e aumentar esse potencial competitivo. Vamos encontrar formas de você poder gerenciar tudo com qualidade e alcançar o que se deseja, sem perder o que já se conquistou em sua vida. Então com esse texto quero que vocês reflitam um pouco e pensem sobre essa situação. Recomendo a vocês, que caso sinta que não está bom para você que não deixe da forma como está, resolva!!! As consequências positivas virão como a qualidade de vida que melhora e principalmente a capacidade de jogo, de conseguir resultados mais satisfatórios não uma vez, mas por muito tempo em suas carreiras esportivas. Um grande abraço a todos!!!
|
Formação de Atletas
Área reservada para a discussão de temas sobre a pedagogia, a psicologia, o treinamento e as demais áreas da formação de atletas
Histórico
Agosto 2024
Categorias |