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Intercâmbio Esportivo – por onde começar?

27/3/2022

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Clemson University: Campeões nacionais 2021 no futebol masculino – NCAA Divisão I. Crédito: clemsontigers.com
Muitos atletas sonham em ir para outros países para seguirem seus sonhos dentro do seu esporte, já que, infelizmente, no Brasil muitos deles não são valorizados. Uma das melhoras formas é através de bolsas de estudo pelo esporte, seja para o High School (Ensino Médio) ou College/University (Universidades). Além de competir no seu esporte em níveis elevados, você ainda tem contato com uma outra cultura e aprende um novo idioma. Hoje trago algumas informações para quem tem o interesse de estudar fora do país, conciliando estudos e esporte de alto nível.

Os Estados Unidos são o principal alvo, com uma ampla variedade de opções de cidades, clima, valores e nível a ser jogado no esporte. Cada universidade se encaixa em uma federação, podendo ser elas:
  • NCAA (National Collegiate Athletic Association): conta com as principais universidades do país, com divisão I, II e III de acordo com o número de esportes e bolsas que a universidade oferece aos seus atletas. Envolve mais de 500 mil estudantes-atletas, tendo cerca de 1.100 universidades afiliadas e 24 esportes. Lotam estádios pelo país, tendo muitas vezes público maior nos jogos universitários do que em ligas profissionais.
  • NAIA (National Association of Intercollegiate Athletics): conta com a afiliação de cerca de 250 universidades privadas menores, 27 campeonatos e uma só divisão. É uma boa escolha para atletas internacionais que procuram bolsas de estudo, já que tem regras mais flexíveis para atletas estrangeiros.
  • NJCAA (National Junior College Association): conta com os Junior Colleges, faculdades de dois anos, com menos requerimentos para ingresso, sendo uma boa opção para os estudantes passarem esses dois anos e depois tentarem uma bolsa de estudos da NCAA ou NAIA, e enquanto isso, irem ganhando visibilidade no esporte.
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Estádio de Futebol Americano da Universidade de Michigan, com capacidade para 107.601 pessoas – NCAA Divisão I. Crédito: mgoblue.com.
Tendo claro suas preferências e vontades – esporte, cidade, clima, curso – o primeiro passo para iniciar um processo de intercâmbio esportivo é achar uma agência do ramo, o que vai facilitar muito todo o processo. A SGM Sports (@sgmsports), por exemplo, tem parcerias com grandes High Schools e Universidades em esportes como Atletismo, Basquete, Futebol, Golf, Tênis, Vôlei de Praia, etc.

As chamadas Boarding Schools, são os High Schools que oferecem moradia e alimentação, como um internato. Nesse nível se encaixam estudantes-atleta entre 14 e 18 anos, e para início do processo serão necessários documentos como passaporte, carteira de vacinação, histórico escolar com tradução juramentada (tradução específica dos documentos escolares por um profissional qualificado), formulários preenchidos da instituição, recomendações acadêmicas e carta do sponsor (responsável financeiro comprovando renda suficiente para pagamento da escola).

Algumas escolas exigem o TOEFL, teste para comprovar nível de inglês, e outras não, oferecendo até o ESL (English as a Second Language), que são aulas de inglês para alunos com nível baixo ou zero no idioma. Algumas escolas exigirão também um vídeo do atleta no seu esporte. Tudo depende de instituição para instituição, por isso é tão importante que tenha uma agência envolvida, a qual auxiliará em cada detalhe.

​Já para os Colleges ou Universidades, o estudante-atleta já precisa de um nível bom de inglês (comprovado pelo teste TOEFL e/ou SAT), ter entre 18 e 23 anos, passaporte, carteira de vacinação, histórico escolar e diploma do Ensino Médio com tradução juramentada, formulários preenchidos da instituição, recomendações acadêmicas, carta do sponsor (responsável financeiro comprovando renda suficiente para pagamento da escola) e vídeo atlético. Geralmente o primeiro contato é feito diretamente com o treinador da modalidade do aluno dentro da universidade escolhida, para negociar uma bolsa através do esporte através do vídeo e recomendações.
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Palm Beach Atlantic University – Vestiário das instalações atléticas dentro da universidade, conta com sala de fisioterapia e recuperação, banheira de gelo, etc. – NCAA Divisão II. Crédito: pbasailfish.com.
Após esse processo inicial, tanto no Ensino Médio quanto na Universidade, se inicia então o processo da matrícula, onde a instituição passa toda relação de formulários e documentos para a agência de intercâmbio intermediar tudo com o estudante-atleta. Após negociação da bolsa, caso haja uma, e envio dos documentos, o aluno ao ser aceito pela instituição deverá preencher o formulário I20 e pagar a matrícula. Com isso, a escola emite o I-20 – documento mais importante para tirar o visto de estudante (visto F1), que comprova que você está vinculado a uma instituição de ensino americana. Com os documentos da escola em mãos, você já pode agendar seu visto no consulado americano no Brasil.

É muito difícil falar em valores reais de um High School e Universidades, já que tudo depende da bolsa adquirida através do esporte, do rendimento acadêmico do aluno, se inclui ou não moradia e alimentação, se tem aulas de ESL ou não, material esportivo, etc.

Uma outra opção oferecida é o intercâmbio familiar, onde o pai e/ou mãe e todos os filhos podem ir juntos como estudantes. Agora com a “era home office”, é uma opção muito interessante, onde, por exemplo, a mãe pode ir como estudante de ESL (English as a Second Language – aulas de inglês), mestrado, tendo o visto F1, e o marido e os filhos vão com o visto F2, que é o de dependente. Ou seja, comprovando a renda para bancar a família no país, você consegue ir com toda família por 1-2 anos, e os filhos ainda conseguem estudar em escolas públicas do país, as quais também possuem ótimos incentivos ao esporte.

Outro ponto importante é que estudantes estrangeiros não podem trabalhar legalmente dentro dos Estados Unidos, o visto F1 e F2 é somente para estudo. A validade do visto vai de acordo com a duração do seu I-20, o qual expira ao final do seu currículo acadêmico dentro do curso que optou (exemplo: faculdade de jan/2020 a dez/2023, seu I-20 vai até jan/2024, podendo ser estendido sem problemas caso necessário).

Uma opção para estudantes estrangeiros conseguirem trabalhar durante a universidade é o CPT (Curricular Practical Training) e/ou o OPT (Optional Practical Training). Com o CPT, você ganha um status dentro do visto F1 que te permite trabalhar dentro sua área de estudo durante a graduação - um estágio remunerado. Após se formar, você pode aplicar para o OPT, o que dá ao estudante 12 meses para trabalhar legalmente dentro do país dentro da sua área de estudo também.

Caso se forme, ou queira terminar sua graduação no Brasil, você deve pedir para a instituição que estiver para que validem seu histórico escolar, e com isso, no Brasil, você deve validar seu diploma/histórico de acordo com as regras do Ministério da Educação. Eles checam se as aulas/créditos que você teve na universidade estrangeira, batem com o mesmo currículo escolar/universitário no Brasil do seu curso. Caso não, eles solicitam que você faça algumas aulas em uma universidade nacional para equivaler o número de créditos/disciplinas e validarem seu diploma no território nacional.

Reforço que cada caso é um caso, cada instituição tem suas regras. Porém, vemos muitos casos de sucesso de brasileiros vindo para os Estados Unidos com bolsas de estudo através do esporte em grandes escolas e universidades. O incentivo é muito grande nos esportes, muitos centros de treinamento dentro de universidades são melhores que de muito time da série B/C do Brasil.

​As universidades sempre têm olheiros de times profissionais por perto e muitos contatos para que seus estudantes-atletas avancem para o próximo nível. Você ganha muita visibilidade para tentar atingir o nível profissional no seu esporte, conquista um diploma superior em outro idioma e ganha experiência de vida. Caso seja do interesse do estudante-atleta também, muitos conseguem trabalho após a graduação como treinadores/auxiliares do seu esporte, seja dentro ou fora da instituição. É um leque que se abre, são novas oportunidades que aparecem.
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Autora: Giovana Zavarelli Grassmann Bobbo​
Gestora Esportiva e Diretora de Operações e Logística do Atletico Atlanta (mais sobre a autora)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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