Um dos fatores motivacionais primordiais que auxiliam os atletas positivamente são quando seus pais lhes deixam a decisão quanto ao esporte que irão optar, dando total liberdade para a escolha, procurando interferir o mínimo possível na decisão da modalidade esportiva que irão escolher, ficando somente em uma posição de aconselhamento e suporte. Algo que influi muito também no desenvolvimento esportivo é a necessidade de momentos de lazer, que devem incluir encontros com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações e entidades sociais, com o atleta cultivando as amizades e estando satisfeito com seus relacionamentos. No início da carreira esportiva, grande parte dos jovens atletas se sentem motivados pelo Técnico e/ou a Equipe Técnica, mas com o decorrer do tempo, em muitos casos, há um decréscimo da motivação, pois apesar de uma maior alegria em relação a técnica aprimorada, realizações e vitórias, aspectos como relacionamentos sociais, estudos e lazer são deixados de lado, fazendo com que os atletas fiquem um quanto que desorientados sobre que rumo que devem tomar e ao que dar prioridade. Fazendo com que muitos atletas tenham dificuldades em planejar e visualizar seus futuros. Na maioria das vezes, os pais querem realmente ver os filhos terem uma maior autonomia, e conseguirem executar algumas atividades sozinhos, mas em muitas ocasiões, com a justificativa que os amam muitos, não conseguem e acabam os prendendo demais, não os deixando fazer nada sozinhos, e com isso acarretam problemas comportamentais sérios em seus filhos como por exemplo gritos, choros, xingamentos e a indisciplina. Antes que os pais queiram mudar o comportamento de seus filhos, devem observá-los. A tarefa dos pais é achar um meio de não reforçar a conduta indesejável e de fortalecer as condutas positivas. Devendo pensar num comportamento que irá substituí-lo positivamente. Caso a família não consiga equilibrar o que se sente com o que se pode, há a possibilidade de se criar uma “bolha” de sofrimento cada vez maior que uma hora irá estourar e geralmente quem sofrerá e perderá mais será a/o atleta. A sensação de sufocamento proporcionado pelas famílias aliado as cobranças normais de treino poderão desenvolver psicopatologias que caso não identificadas e trabalhadas com a velocidade necessária poderão levar os atletas a uma desistência precoce em seus esportes. Por consequência da profissionalização dos atletas, a pressão é maior, gerando dessa forma certo desconforto, diminuindo a alegria em estar treinando, e gerando maior apreensão em relação à técnica, por medo de frustração. Nesse ritmo frenético não se percebe o como este processo é maçante e árduo, e muita vezes se esquece que estamos lidando com pessoas (com suas particularidades e sentimentos), e não com máquinas. Quando os resultados não são satisfatórios, muitas vezes não se sabe o porquê está acorrendo isso e na maioria dos casos, atletas acabam por serem descartados como peças sobressalentes. Qualquer atleta está sujeito ao estresse, do amador ao profissional, é de extrema relevância que o estresse esteja sob o controle do atleta que busca o máximo rendimento esportivo. O mundo esportivo, precisa modificar a forma de lidar com suas principais peças que são os atletas, e aumentar o investimento e cuidados aos mesmos. Pois somente assim se estará garantindo uma base fixa para a conquista de vitórias, para que possam se tornar constantes e sólidas por um longo período nos parâmetros esportivos.
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Formação de Atletas
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Novembro 2024
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