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O esporte precisa incidir mais em aspectos econômicos

16/2/2021

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Crédito: Julian Schiemann - unsplash
Eu tenho uma opinião de que para conseguirmos fazer o esporte ganhar mais notoriedade ele precisa aprender a ser mais rentável, pois só assim conseguiremos começar a chamar atenção da sociedade.

​Baseada na definição de esporte acima, o texto de hoje é para trazer a reflexão de que o esporte deve começar a incidir mais nos aspectos econômicos.

​Não vou entrar no mérito da profissionalização do esporte, mas acredito que esse texto tem relação com isso e pode até ser um bom complemento para esse tema. ​Então se você quiser saber mais sobre o profissionalismo no esporte sugiro esse texto aqui.
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​Pelo contato que eu tive com esporte nesses anos de trabalho, tive a sensação que em virtude de sua relação com o governo brasileiro como forma de promover a pátria desde os anos 40 e, por sua relação direta com entidades sem fins lucrativos como: clubes, federações e confederações, o esporte têm medo de cobrar pelos seus serviços e por isso os recursos ficam inexistentes.
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Na verdade, dizer que os recursos para o esporte são inexistentes, ou mesmo aquele famoso jargão de “falta apoio ao esporte no Brasil”, na minha visão é relativa. Segundo o Panorama do Esporte no Brasil entre 2005 e 2019 foram investidos 749 milhões de reais via Bolsa Atleta Federal, 1 bilhão em confederações através da Lei Agnelo Piva e mais 320 milhões através de convênio.

​Considerando o relatório de gestão de 2019 da Lei de Incentivo ao esporte, entre 2007 e 2019 foram captados mais 2,6 bilhões de reais em projetos. Então considerando aproximadamente os últimos 15 anos, apenas o Governo Federal investiu 4,6 bilhões de reais no esporte e que retorno para sociedade isso trouxe? Bom acho que já discuti esse tema em um texto publicado em dezembro.
Voltando a questão principal desse texto que é sobre o esporte incidir mais em aspectos econômicos, a experiência que eu vivenciei durante o trabalho na Federação Paranaense de Tênis me despertou para esse lado. A FPT sofreu um pouco do impacto desse mundo durante a época Guga, o sucesso do catarinense gerou uma demanda alta de alunos, que fez surgirem academias de tênis visando atender a demanda de pessoas querendo aprender a modalidade e que não eram sócias de clubes, de olho é claro no lucro.

Isso fez a Federação ter inclusive que adaptar seu estatuto para aceitar que entidades com fins lucrativos também pudessem fazer parte das entidades vinculadas a FPT, antes apenas entidades sem fins lucrativos podiam participar da entidade. Claro que a inserção de entidades com fins lucrativos dentro de uma entidade sem fins lucrativos também fez com que a entidade tivesse que pensar no esporte pelo lado financeiro. Isso na minha visão contribuiu muito para a Federação Paranaense de Tênis se tornar exemplo para outras. Tanto que a reestruturação da Federação Mineira de Tênis foi baseada no trabalho feito no Paraná.​
​Para deixar mais claro, quando eu falo em incidir no aspecto econômico, não estou falando de uma liga nível NBA ou de um campeonato forte de mídia como o Campeonato Brasileiro de Futebol. Eu falo de existir uma cadeia esportiva gerando empregos, praticantes, aulas, eventos, novas academias, turismo, etc. Aquecendo a economia de certa forma.
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Por isso aqui eu vou dar o exemplo do beach tennis, uma nova modalidade que também gerou impacto na Federação Paranaense de Tênis, um impacto que eu presenciei.
 
No dia 02 de fevereiro a Federação Internacional de Tênis (ITF) postou um texto falando sobre o crescimento do beach tennis no Brasil. O texto mostra dados da Confederação Brasileira de Tênis, que dizem que nos últimos 3 meses houve um aumento de 50% nos praticantes de beach tennis no país, uma vez que a pandemia fez a busca pelo esporte aumentar, devido a segurança que o beach tennis proporciona com relação a transmissão do Covid-19.
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​A modalidade ultrapassou o limite das cidades litorâneas e já atingiu cerca de 300 mil praticantes no país. Destaque para o fato do esporte ser muito fácil de praticar e conseguir envolver a família inteira, o que tem sido um grande diferencial.

O beach tennis é um esporte recente e já foi percebido por muitos como uma grande oportunidade de negócio, como aconteceu com o tênis na época do Guga, mas com a diferença que, desde sua chegada no Brasil, o tênis é estruturado com base no conceito do “sem fins lucrativos”, enquanto o beach tennis tende mais para o que aconteceu com o spinning ou com o crossfit, e se baseia mais nas entidades do “com fins lucrativos”. O crossfit inclusive também se utiliza de eventos para chamar atenção e fidelizar seu público.​
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A praticidade do beach tennis, tem gerado mais praticantes. Mais praticantes geram destaque ao esporte que, além de entrar em clubes, começou a produzir inúmeras academias com quadras de areia, que agora além de futevôlei e vôlei de praia tem essa modalidade para vender.
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O maior interesse da sociedade tem gerado a necessidade de profissionais para ensinar a modalidade, abrindo um novo nicho para profissionais de educação física, além disso, para jogar beach tennis, é necessário raquete, bolinha e um vestuário adequado, o que despertou interesse de inúmeras grandes empresas, como por exemplo a Adidas. Isso também gera empregos, serviços e uma série de movimentações financeiras.
A modalidade na verdade virou um estilo de vida, já que muitos praticantes amadores agora querem viajar para jogar os torneios. A Confederação Brasileira de Tênis atrelou aos torneios profissionais da Federação Internacional de Tênis, a necessidade de realização de torneios amadores, o que também faz com que os praticantes fiquem perto de excelentes jogadores e gerem receitas para a entidade. Além disso, ela migrou do tênis uma competição infantojuvenil, transformando-a em um evento amador: a Copa das Federações. Um evento em que as federações estaduais mandam a suas equipes para disputar quem é o estado mais forte do país.

A Copa das Federações reforçou os torneios amadores estaduais, porque agora para você ser conseguir uma vaga na Copa das Federações pelo estado do Paraná é necessário ser vinculado a Federação Paranaense de Tênis, pagar a anuidade e jogar os torneios estaduais, para se colocar entre os melhores do ranking de sua categoria. E isso vale independentemente do seu nível, pois a Copa das Federações libera disputas do iniciante ao avançado.

O grande prêmio por essa briga? Os convocados pela FPT vão para a Copa das Federações com tudo pago para o evento que ocorre em Jurerê. Além disso, recebem uniforme e podem dizer que foram convocados para a seleção estadual e são os melhores do estado em sua categoria.

​Outro atrativo que os torneios estaduais e nacionais têm é a conquista de alunos. Os professores participam das competições para vender o seu trabalho, bons resultados chamam alunos e isso reflete também nas academias, tanto que no Paraná existe o Interclubes de Beach Tennis, em que os clubes e academias formam suas equipes para definir o melhor do estado. É uma ótima forma de fazer o cliente vestir a camisa da instituição e se engajar ainda mais.
​E tudo isso falando de um esporte que não passa na TV. Quando eu falo de incidir mais no aspecto econômico eu falo exatamente dessa cadeia, em que o esporte é atrativo para as pessoas, gera emprego para professores, gera novas empresas (academias), gera consumo de produtos despertando interesse de grandes empresas.

Essas empresas precisarão produzir esses produtos, gerando mais empregos e talvez até patrocinem atletas e entidades para se fortalecerem no mercado. Isso gera também recursos para que as entidades responsáveis por fazerem o esporte se desenvolver, no caso federação e confederação, possam reinvestir, fazendo o esporte crescer ainda mais. É um ganha, ganha para todos, sem falar na geração de receitas com turismo nas cidades que recebem eventos e na redução de gastos com doenças oriundas do sedentarismo.
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Acredito que se mais modalidades conseguissem ter esse impacto e se até mesmo os governos percebessem essa cadeia, o esporte e a sociedade em geral iria ganhar e crescer. E você, o que você pensa sobre o assunto?
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Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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A gestão de um clube profissional vencedor: Pato Futsal

1/2/2021

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Crédito: patofutsal.com.br
No dia 20 de dezembro foi encerrada a Liga Nacional de Futsal (LNF), a vitória do Magnus sobre o Corinthians marcou o encerramento de uma competição que teve que se adaptar de forma considerável devido a pandemia para finalizar sua 25ª edição.
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Criada em 1996 a LNF se baseou na NBA para criar seu modelo de franquias, dessa forma era necessário comprar uma franquia ou associar-se a uma já existente, uma ideia acredito que pioneira no Brasil.
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Para falar um pouco mais sobre o sucesso do futsal pedi a ajuda do meu amigo Isaac Brito, que trabalha para a equipe do Pato Futsal e nos trouxe várias informações sobre uma das franquias mais bem sucedidas da Liga nos últimos anos. O Pato foi bi-campeão da Liga em 2018 e 2019, chegando as quartas de final da competição em 2020.

Criado em 2010 o projeto Pato Futsal contou com o apoio de um grupo de empresários de Pato Branco-PR (84 mil habitantes) para adquirir a vaga da franquia da LNF, hoje eles cedem a equipe o direito de uso. O projeto todo então se amparou na tradição da modalidade no interior do Paraná, e hoje são inúmeras conquistas, com a equipe chegando a ser eleita pela Umbro Futsal Awards como uma das melhores do mundo em 2018.
Muito do sucesso da equipe se baseia no foco em formação nas categorias sub-15, sub-17 e sub-20 que são compostas por uma estrutura formada por um coordenador, um técnico, um preparador físico e um preparador de goleiros. Quando necessário o atleta realiza trabalho de fisioterapia com a equipe adulta.

O atual presidente do clube Luiz Sérgio Lavarda, filho do Sr. Dolivar Lavarda que nomeia o ginásio da cidade, nos contou que é indissociável a relação do projeto Pato Futsal com a formação dos atletas de base e o cidadão no alto rendimento. Segundo ele os desafios de se fazer esporte no pais são inúmeros, ainda mais pela modalidade futebol de salão não ser olímpica. Mesmo assim o projeto conta com os incentivos de leis Federais e Municipais, além dos patrocinadores diretos, apoiadores e seu plano de sócio torcedor no fomento do esporte na cidade de Pato Branco.
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“Temos nas redes sociais hoje quase 150 mil seguidores, é claro nosso o maior patrimônio é nosso torcedor que além de comparecer aos jogos, consume os materiais esportivos vendidos nas lojas on-line e física o clube”. Com esse engajamento digital realmente expressivo, o Pato ainda consegue trabalhar sua imagem nas transmissões de TV e na Pato TV.
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Para tentar evidenciar mais o tamanho do sucesso da equipe de Pato Branco, usando como efeito de comparação o futebol, na plataforma do Instagram o Pato Futsal possui hoje quase metade do número de seguidores do Coritiba Foot Ball Club (197 mil) e mais seguidores que o Paraná Clube (90 mil) e o Londrina Esporte Clube (74,6 mil).
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​Uma estrutura de cerca de 31 pessoas fazem o Pato Futsal uma das grandes equipes nacionais de futsal. O presidente, quatro diretores, um assistente administrativo, quatro integrantes da comissão técnica da categoria de base, seis integrantes da comissão técnica da equipe adulta e 14 atletas compõem a entidade. 
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Ainda conta com um contrato com uma empresa prestadora de serviço, para gerenciar os canais oficias do clube, redes sociais, campanhas para sócio torcedor, entre outras funções que permite ao Pato Futsal fornecer aos seus patrocinadores relatórios sobre o engajamento digital, visualizações, seguidores, comentários e etc.
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Eu particularmente fiquei impressionado com todo o trabalho do Pato Futsal, o clube é um fenômeno dentro e fora das quatros linhas para quem gosta de boa gestão.
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Você conhecia essa estrutura do futsal no Brasil? Gostou da história do Pato Futsal? Quer saber mais? Deixe seus comentários.
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Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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