Gestão Desportiva

  • Início
  • Quem Somos
  • Áreas de Gestão
    • Formação de Atletas
    • Entidades Desportivas
    • Comunicação e Marketing
    • Contabilidade e Direito Desportivo
    • Todos temas publicados
  • Entrevistas
  • Biblioteca
  • Contato
  • Área do Aluno
  • Início
  • Quem Somos
  • Áreas de Gestão
    • Formação de Atletas
    • Entidades Desportivas
    • Comunicação e Marketing
    • Contabilidade e Direito Desportivo
    • Todos temas publicados
  • Entrevistas
  • Biblioteca
  • Contato
  • Área do Aluno

Unesco pede investimento em Educação Física de qualidade

27/4/2021

0 Comments

 
Imagem
Crédito: unsplash
Durante a pandemia eu percebi alguns avanços da Educação Física aqui em Curitiba e no Paraná. Depois de muito tempo fechado e algumas lutas os profissionais da área e entidades como academias de musculação, tênis e natação passaram a ser considerados essenciais ainda em 2020 no munícipio e, no começo de 2021 o estado informou que os profissionais da área seriam vacinados no grupo prioritário, porque esses também eram considerados da área da saúde.
​
Essas informações para mim eram claras, e talvez eram claras também para a maioria dos formados na área, mas precisou de uma pandemia para a sociedade perceber isso. Agora a UNESCO está tentado alertar isso ao mundo.
Imagem
Só para deixar bem claro a grandeza do pedido, a entidade é uma agência especializada da ONU, focada em Educação, Ciência e Cultura com o objetivo de garantir a paz por meio da cooperação intelectual entre as nações, acompanhando o desenvolvimento mundial na busca de soluções para os problemas que desafiam a sociedade.
​
No dia 2 de fevereiro de 2021 a UNESCO fez uma publicação em seu site com o título: “UNESCO calls for investment in quality physical education to support COVID-19 recovery”, algo como UNESCO pede investimento para educação física de qualidade para auxiliar na recuperação do COVID-19. O texto mostra dados importantes como:
  • Quase um quarto da população mundial possui alguma doença crônica que enfraquece o sistema imunológico, o que aumenta sua vulnerabilidade ao vírus;
  • Transtornos psicológicos aumentaram exponencialmente durante a pandemia, especialmente entre jovens;
  • Inatividade física pode ser considerada uma outra pandemia paralela, contribuindo para 5 milhões de mortes prematuras anualmente;

O texto segue trazendo uma abordagem preocupada em inserir bons programas de atividades físicas e esportes nas escolas, mas de uma forma que incentive as pessoas a seguirem praticando atividade física o resto de sua vida. Logicamente, que implícito no texto, está a questão de continuar oferecendo opções de atividades físicas de qualidade para os adultos, afinal não adianta ensinar as pessoas a praticarem exercícios quando crianças, se eles não têm onde praticarem quando adultos. Alguns dos benefícios dessa proposta são:
  • Melhora a saúde física;
  • Diminuição de doenças psicológicas crônicas;
  • Constrói no individuo resiliência sócio emocional;
  • É um caminho de alto impacto e pouco custo para o combate ao sedentarismo;

Em razão disso, a UNESCO com o apoio do Comitê Olímpico Internacional lançou durante a Global Sports Week duas publicações orientando ações nesse sentido. Farei um texto futuro falando especificamente de cada uma delas, mas para não deixar esse texto aqui muito longo vou apenas citar o nome e deixar o link, caso você tenha interesse: Making the case for inclusive quality physical education policy development: a policy brief e How to influence the development of quality physical education policy: a policy advocacy toolkit for youth . A primeira publicação argumenta a favor da inclusão de uma política de oferecer educação física de qualidade, enquanto a segunda mostra como fazer isso.

​A UNESCO chama através desse documento todos os atores do esporte, atividade física, educação, saúde e juventude, a participarem dessa ação e contribuírem para acelerar a recuperação do COVID-19.
Imagem
A UNESCO também percebeu que apesar de todos saberem da importância da atividade física, na prática isso não é tão levado a sério, então o que aconteceu em Curitiba e no Paraná, que eu mencionei no primeiro parágrafo desse texto, ocorre no mundo todo. Segundo pesquisas da entidade, apesar de em 97% dos países no mundo a educação física ser obrigatória, apenas:
  • 79% dos países tem a matéria no currículo;
  • Em 54% dos países a Educação Física é vista como menos importante que outras matérias;
  • Apenas 53% das escolas primárias possuem professores de Educação Física adequadamente treinados;

Esses números acabam tendo um impacto que contabiliza para 6% da mortalidade global por ano, uma vez que a inatividade física causa mais mortes do que fumar.
​A conscientização sobre a importância da saúde e da atividade física me parece ser global, porém o descaso com a educação física e o esporte também. Ter uma entidade gigante e influente como a UNESCO falando em prol da causa pode ser muito positivo no médio e longo prazo para as entidades e profissionais relacionados a atividade física e esportes e, é claro, a toda população. Por isso eu vou encerrar esse texto reforçando o pedido da Unesco para você que está lendo. As informações estão aí, vamos levar para o máximo de pessoas que conseguirmos:
Imagem
Imagem
Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
0 Comments

Super Liga de Futebol da Europa: a invasão do modelo de ligas dos Estados Unidos

20/4/2021

0 Comments

 
Imagem
Crédito: thesuperleague.com
Se você tem interesse por esportes em geral, provavelmente deve estar sabendo que no futebol europeu surgiu uma proposta de criar uma nova Super Liga. O resumo dessa proposta é:
  • 15 clubes grandes permanentes, sendo que 12 já confirmaram interesse: os espanhóis Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, os ingleses Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham e os italianos Inter de Milão, Milan e Juventus. No entanto 3 grandes recusaram: os alemães Bayern e Borussia e o francês PSG;
  • 5 outros clubes classificados por desempenho na temporada anterior, mas que poderão ser rebaixados;
  • No total serão 20 clubes, divididos em dois grupos de 10, em que os 4 melhores de cada grupo classificam para as quartas de final com eliminatórias de ida e volta até a final que será em jogo único e campo neutro;

​Basicamente o objetivo é fazer uma liga em que estarão todos os clubes populares, evitando clubes médios e pequenos ou de países sem muita tradição, atraindo maiores quantidades de público, patrocínios, interesse da mídia e por fim, se libertar da gestão e do monopólio da UEFA (Federação de Futebol da Europa).
​O Presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, foi um dos idealizadores da nova liga e expôs os argumentos dele nessa entrevista (veja o vídeo a seguir). Basicamente os argumentos dele são que os jovens já não possuem tanto interesse pela UEFA Champions League (UCL) e que com essa mudança, fará uma liga mais atrativa para todos. Essa não é a primeira vez que Pérez choca o mundo do futebol. Nos anos 2000, ele foi o criador do time dos Galácticos, quando reuniu na mesma equipe os melhores e mais caros jogadores do mundo na época (Ronaldo, Zidane, Figo, Beckham, Raul, Roberto Carlos, Hierro, entre outros). O marketing conseguiu reverter boa parte das despesas do elenco.
Até aí, a ideia da Super Liga parece ser inovadora, mas e a UEFA Champions League, que já é tão badalada como a melhor competição de clubes do mundo, como fica? A princípio o discurso é que os grandes clubes continuarão disputando a UCL também. Parece faltar lógica, devido ao excessivo número de jogos que fazem num ano, principalmente os clubes ingleses que disputam o Campeonato Inglês, a Copa da Inglaterra e a Copa da Liga Inglesa, com jogos na véspera do natal ou em dia de Ano Novo.

No fundo, é uma briga política e por dinheiro. Querem retirar os poderes da UEFA sobre os clubes. É importante lembrar que atualmente boa parte destes grandes clubes são geridos por grupos de investimentos, sendo que muitos deles dos Estados Unidos. Então, para quem conhece o modelo de ligas e franquias norte-americana, fica fácil entender essa Super Liga, sem rebaixamentos dos fundadores e sem ordens da UEFA.

As reações de dirigentes, clubes e treinadores
​
No entanto, essa proposta não foi bem recebida pela comunidade do futebol europeu em geral. A recusa do Bayern, Borussia e PSG já deixou evidente que não será fácil implantar a nova competição. Além disso, a UEFA e a FIFA deixaram claro que deverão punir os clubes e atletas por esta liga “pirata”.

Na prática, esta punição poderá resultar em exclusão dos clubes da Champions League e dos atletas da Copa do Mundo e da Eurocopa. Agora a briga ficou séria, afinal, qual atleta quer simplesmente abrir mão de disputar a Copa do Mundo por causa de brigas políticas de dirigentes? O dinheiro importa, mas hoje, os atletas já são muito bem pagos nesse nível que estamos falando. Você já deve ter visto atletas recusando propostas de caminhões de dinheiro da Ásia e do Oriente Médio, para permanecerem em um clube de maior visibilidade e com chances de ser convocado para a seleção nacional.

Outra complicação são as reações adversas dos clubes excluídos de praticamente a Europa inteira (Ajax, Feyenoord, PSV, Porto, Benfica, Sporting, Lyon, Olympique, Roma e Lazio, só para citar alguns). Ainda existem as reações adversas das torcidas, dos ex-jogadores e treinadores. Abaixo coloquei algumas opiniões relevantes, basicamente dizendo que o futebol não precisa de toda essa ganância, que deve respeitar um pouco mais a própria história de participação dos diversos clubes e que o sistema de rebaixamentos e acessos deve ser respeitado.
No vídeo abaixo, Gary Neville, ex-jogador do Manchester United e Seleção da Inglaterra demonstrou grande indignação com essa proposta. Chegou até sugerir que os dirigentes sejam afastados e os clubes punidos.
Rio Ferdinand, ex-jogador do Manchester United e da Seleção da Inglaterra, comentou  sobre a ambição dos ricos ficarem mais ricos, deixando os pobres mais pobres, de ignorarem totalmente a história do futebol (vídeo apenas no idioma inglês).
Diego Simeone, ex-jogador da seleção Argentina e atual treinador do Atlético de Madri se esquivou de uma opinião mais forte, dizendo apenas que os treinadores são preparados para treinar a equipe e que os dirigentes deverão tomar as melhores decisões para o clube.

No mesmo vídeo, Pep Guardiola, ex-jogador da seleção da Espanha e atual treinador do Manchester City, demonstrou ser contra a criação da Super Liga. Comentou que deve haver melhorias dos campeonatos nacionais, com menos equipes e com mais divisões, mas que a Super Liga não é a melhor solução, pois deve-se manter as rivalidades locais.
Jurgen Klopp e José Mourinho, famosos treinadores do Liverpool e Tottenham respectivamente, demonstraram estarem contrariados a esta nova liga. Me parece que o Mourinho inclusive foi desligado do clube por causa dessa discordância, apesar de o clube ter publicado que o motivo foi o baixo desempenho que a equipe vem apresentando. Já Karl-Heinz Rummenigge, um dos maiores nomes do futebol alemão e representante do Bayern de Munique também se posicionou contra (veja imagem abaixo).
Imagem
Crédito: Instagram - FC Bayern
Ainda chamo a atenção para alguns detalhes sobre tudo isto:

a) Me surpreendeu a recusa do Bayern de Munique, pois o clube possui uma postura predadora no campeonato nacional como estratégia de gestão, contratando sempre os maiores talentos dos rivais, deixando-os mais enfraquecidos, como Neuer (Schalke 04), Götze, Hummels e Lewandowski (Borussia), só para citar alguns. Caso queira ler mais sobre isto, clique aqui e aqui;

b) O Campeonato Espanhol não tem clubes grandes simplesmente porque Real Madrid e Barcelona recebem praticamente 50% de todos os recursos da TV, enquanto os demais se matam pelo resto. Se esta divisão fosse mais justa, como é na Inglaterra, certamente teríamos novamente La Coruña, Atlético de Madrid, Valencia, Villa Real, entre outros, com um desempenho melhor, tornando o campeonato mais disputado e imprevisível;

c) Caso a Super Liga realmente tenha interesse de manter o ecossistema do futebol saudável, poderia propor algo como o mecanismo de solidariedade que foi feito na Eredivisie da Holanda, em que parte do faturamento dos clubes da primeira divisão é distribuído para ajudar a manter os clubes menores. Só que aqui voltaremos a faltar com a lógica, pois é justamente por mais dinheiro que estão montando este novo torneio... me parece que não terá uma solução solidária;

d) No Brasil há uma necessidade de reestruturação do calendário, afinal os clubes grandes jogam em excesso, enquanto os clubes pequenos possuem um calendário deficitário de apenas três meses de atividade no ano inteiro. Além disso, os campeonatos estaduais realmente têm despertado pouco o interesse dos torcedores. As conclusões básicas são: clubes pequenos dependentes das federações, que com poder político conseguem obrigar os grandes a jogarem os estaduais, para não sofrerem punições da CBF. Como o futebol brasileiro é mais desunido que o Europeu, também não se entendem por aqui.
 
Se você quiser ler maiores detalhes sobre a Super Liga, recomendo:

Site oficial da Super Liga

Formato, criadores e polêmicas: entenda a nova Superliga da Europa

Superliga criada. Entenda por que ela é séria ameaça para UEFA e FIFA

FIFA pode excluir atletas e clubes por Superliga? Especialistas explicam

Caso você queira ver mais sobre os protestos e posicionamentos dos clubes e dirigentes europeus clique aqui. 
Picture
Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
0 Comments

Da inclusão social ao alto rendimento: ADFP

12/4/2021

0 Comments

 
Imagem
Crédito: Prefeitura de Curitiba
Acredito que o que me faz gostar tanto de esporte são inúmeras histórias de superação que são vistas em qualquer modalidade que você procure. Além disso, ver seres humanos desafiando seus limites, obtendo recordes ou conquistando feitos que parecem improváveis, além de me inspirar, me deixa mais e mais fascinado com a capacidade que as pessoas têm. E nesse aspecto, acredito que o paradesporto é o auge.

Tive maior contato durante o tempo em que trabalhei no Programa Talento Olímpico, atual Geração Olímpica, e fiquei fascinado. Nesse tempo conheci vários atletas de uma instituição chamada ADFP – Associação de Deficientes Físicos do Paraná, dos quais vários deles foram para as Paralimpíadas de 2016.

​Então, unindo esse meu fascínio pelo paradesporto, como a vontade que eu tenho desde que comecei a escrever textos sobre esportes de abordar o tema, procurei meu amigo Clodoaldo Zafatoski, diretor financeiro da ADFP para fazer um texto, contando um pouco sobre a entidade.
Segundo seu o site, ela foi fundada em 1979 visando oferecer vários serviços aos deficientes físicos. Sua atuação ocorre através de serviço social, mercado de trabalho, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, educação, dança e esporte. O trabalho da entidade é fantástico em todos os aspectos, mas para o texto aqui vamos manter o foco na questão do atendimento esportivo.
​
A ADFP vê o esporte como um motivador para a qualidade de vida, e por isso tem a oferta de 8 modalidades paradesportivas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha paralímpica, esgrima em cadeira de rodas, natação, tênis de mesa, tiro esportivo e triathlon, seja por lazer ou rendimento.
Imagem
Durante sua existência a entidade soma mais de 240 mil atendimentos através de parcerias, ações sociais e projetos. As principais fontes de recurso da ADFP provêm de doações diretas de pessoas física e/ou jurídica, vendas de produtos no Bazar Beneficente feito na loja física e no site OLX, através do programa Luz Solidária e do programa Nota Paraná.
​
Atualmente, 9 setores constituem a entidade. São eles: Diretoria, Administrativo/Financeiro, Comunicação, Projetos, Serviço Social, Reabilitação, Esporte, Serviços Gerais e Recepção. E são 27 funcionários registrados em CLT operacionalizando a entidade junto das pessoas que estão em cargos eletivos.
Imagem
Na parte esportiva hoje a entidade conta com 73 atletas, sendo 4 deles já estão classificados para a Paralimpiada de Tóquio: Eliseu dos Santos (bocha), Jovane Guissone (esgrima), Welder Knaf (tênis de mesa) e Carmem Oliveira (esgrima). Eliseu tem em seu currículo cinco medalhas paralímpicas, sendo duas em Pequim, duas em Londres e uma no Rio de Janeiro, Jovane Guissone tem um ouro conquistado nas Paralímpiadas de 2012 e Welder Knaf possui a prata conquistada nos Jogos de Pequim em 2008.

​Não estou falando apenas de uma entidade que faz um trabalho excelente na reabilitação, falo também de uma entidade capaz de atender a demanda de treinamento de paratletas campeões paralímpicos.
Imagem
Crédito: ADFP
O que eu mais gosto na história da ADFP é essa união do esporte de rendimento com a utilidade esportiva para a sociedade, já que pessoas são reabilitadas de forma gratuita tendo as modalidades esportivas como uma das ferramentas que auxiliam no processo. Durante a reabilitação, alguns apresentam mais aptidão para certos esportes e com isso são levados ao alto rendimento.
​
Se você gostou da história, quer saber mais ou mesmo colaborar recomendo entrar no site da ADFP e conhecer mais sobre essa fantástica entidade que alia um enorme serviço à sociedade com um igualmente grandioso serviço ao paradesporto: adfp.org.br
Imagem
Autor: Daniel Vila Hreczuck
Especialista em Gestão e Marketing do Esporte e Supervisor de Esportes de Raquetes no Clube Curitibano (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
0 Comments

1º Fórum Sobre Profissionalização do Desporto em Angola

6/4/2021

1 Comment

 
Imagem
Crédito: Ministério da Juventude e Desportos de Angola
​No dia 30 de março do corrente ano, foi realizado o primeiro Fórum sobre a Profissionalização do Desporto em Angola, no anfiteatro do MAPTSS (Ministério da Administração Pública Trabalho e Segurança Social), em Luanda. O evento foi promovido pelo Ministério da Juventude e Desportos, que contou com a participação de federações, dirigentes desportivos, atletas e ex-atletas, treinadores e ex-treinadores, associações e escolas de formação desportivas. O evento foi para apresentar e explicar ao pessoal do desporto das vantagens que tem um profissional, tanto nos descontos de pensão, como lhe assegura no contrato com o clube e a federação e como garantir os direitos sob guardados no final da sua carreira. Este debate é necessário, pois em Angola o atleta não é valorizado depois do seu tempo útil e todos eles não são inscritos na Segurança Social, vivendo dos favores dos colegas ou mesmo de alguma ajuda da federação.

​Tanto é prematuro dizer que a dependência do desporto angolano é grande devido ao déficit de material humano, desportivo e de fábricas, os clubes não conseguem ajudar o desenvolvimento do país porque verdade seja dita, muitos dos atletas não vivem do desporto, eles não são disciplinados, não vivem do salário e são poucas equipas com profissionais por causa dos custos e pagamento exigidos por eles. Pois com isso queremos dizer que em Angola não tem desportos profissionalizados teremos de passar por um processo muito grande e com a participação da mídia, grandes indústrias e fábricas, estruturas desportivas, formação e material humano e muito mais. Angola está a perder atletas e praticantes do desporto em todas províncias por falta de apoio e assim são afastadas e desmotivadas.
Imagem
Crédito: Helvarina Pereira
​Temos muito a dizer sobre tal coisa, dizer que "O Desporto sem fábrica de equipamento e profissionais qualificados não pode existir profissionalismo no desporto...". No que é atinente as instalações, a grande dificuldade prende-se como facto de que as demais províncias carecem de condições logísticas para os atletas, assim como a maioria das províncias não tem campos em condições para a prática desportiva. O que constitui uma ameaça muito séria à organização interna do desporto em Angola, onde os atletas são esquecidos e desvalorizados. Como podemos profissionalizar o desporto se os nossos atletas não vivem do desporto, principalmente depois da aposentadoria.
​Ficou ainda demonstrado que o desporto angolano encontra-se numa fase embrionária e carece de muita atenção pois constitui um potencial muito forte para a Unidade Nacional e expansão de Angola na comunidade internacional. O desporto é uma actividade que vem ganhando relevância econômica, exemplo disso está no crescente número de empresas envolvidas no universo desportivo, bem como a adesão em massa da juventude na prática do desporto tanto no âmbito profissional como no âmbito do lazer e saúde.
Imagem
Crédito: Helvarina Pereira
​Que haja financiamentos reais e outros tipos de incentivos para as associações desportivas, os clubes, federações e outras organizações vocacionadas ao desporto em Angola. O aumento de novas oportunidades de contrato, patrocínio, investimentos e o apoio ao desporto federado, a melhoria da competitividade desportiva, a melhoria do nosso ranking da prática do desporto, a generalização da prática do desporto e actividades físicas. A melhoria do nosso estado de saúde que garantirá uma melhoria da qualidade de vida elevada dos atletas angolanos, entre outros dos objectivos de facto, vários constrangimentos que têm impedido uma acção concertada das diferentes instituições e agentes nacionais para ultrapassá-los. 
Imagem
Crédito: Helvarina Pereira
Entre os vários constrangimentos, é possível apontar a insuficiência flagrante de equipamentos desportivos e de serviços de apoio à prática desportiva. Assim é que esperamos que este projecto contribua para a concretização das metas estabelecidas na Estratégia do Desenvolvimento do Desporto em Angola...
​

Como dizia Pires, "só os Estados com dirigentes capazes conseguem ter um desporto capaz de unir o mesmo Estado e proporcionar mais empregos” (Pires, 1996: 289).
Imagem
Autora: ​Helvarina Pereira
Graduada em Ciências Políticas e atua no Ministério da Juventude e do Desporto de Angola (contato)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
1 Comment
    Imagem
    Entidades Desportivas
    Área reservada para a discussão de temas sobre gestão de clubes, federações e entidades desportivas em geral

    Histórico

    Abril 2023
    Dezembro 2022
    Outubro 2022
    Julho 2022
    Maio 2022
    Março 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Outubro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Janeiro 2019
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018

    Categorias

    Tudo

Imagem
Imagem

GestaoDesportiva.com.br

Início
​Quem Somos
Entrevistas
Biblioteca
Contato
​
Política e ​Termos
​
Publicidade
Áreas de Gestão
Formação de Atletas
Entidades Desportivas

Direito Desportivo
​Comunicação e Marketing
Imagem
Imagem
Inscreva-se na Newsletter
Redes Sociais
Nosso Público

Imagem
Copyright © 2018-2025 - GestaoDesportiva.com.br - Todos os Direitos Reservados