A Copa do Mundo FIFA 2022 terá seu pontapé inicial em poucos meses e já vem nos impressionando desde já. Será a Copa mais cara da história, com uma infraestrutura de cair o queixo, tendo até cidade sendo construída do zero para sediar o evento. Hoje vamos explorar o quanto de dinheiro está girando em torno desse megaevento e falar um pouco também sobre as cifras que compõem nossa querida Seleção Brasileira. Começando no assunto de premiações, cada uma das 32 seleções classificadas para a disputa recebe logo de início US$ 1,5 milhões da FIFA, para arcar com as despesas de preparação para o mundial, como alimentação, segurança, logística de rouparia e materiais, etc. A FIFA banca toda a organização do evento, assim como as viagens e acomodações das seleções. A seleção brasileira, por exemplo, já fechou para ficar no luxuoso Westin Doha Hotel & Spa no Catar, tendo 200 quartos exclusivamente para eles, para terem toda privacidade necessária. A premiação de uma Copa do Mundo nunca foi tão alta quanto da edição de 2022, recebendo:
Os gastos estimados da FIFA com a Copa de 2022 são de cerca de US$ 2 bilhões, entre premiação, comissão organizadora do evento, produção televisiva, gastos pós evento e etc. O que se espera arrecadar entre direitos de transmissão e marketing, bilheteria e outros é cerca de US$ 6,4 bilhões. Estima-se um lucro de mais de US$ 4 bilhões para a FIFA com essa Copa, algo impressionante; mas o mais chocante mesmo é o valor que o país sede está desembolsando com toda infraestrutura para o evento – US$ 200 bilhões. Sim, quase 15 vezes mais caro do que o que o Brasil gastou na Copa de 2014 (US$ 15 bilhões). O fato é que o Catar sempre visou com essa Copa transformar o país em um destino turístico após 2022, com isso, além de toda infraestrutura para o evento, com a construção de 8 novos estádios e centros de treinamento, eles aproveitaram para ampliar o país como um todo – novas cidades, novas linhas de metrô e estradas, 100 novos hotéis, aeroportos, tudo com muita tecnologia e detalhes luxuosos.
Quanto às receitas de Seleção Brasileira, em 2018, tivemos (Thiago Cara, ESPN, 2019):
Mas e gastos com os atletas, a seleção tem? Teoricamente, sim. Na prática, nem tanto. Segundo a Lei Pelé, artigo 41, quando um clube cede um atleta que foi convocado para competições pela Seleção Brasileira, a CBF deve indenizar o mesmo pelos encargos previstos no contrato de trabalho do jogador em questão, ou seja, pagar o salário dele para o clube cedente durante o período em que durar a convocação. Se o atleta volta impossibilitado de jogar pelo seu time, seja contusão, enfermidade, a CBF deve continuar cobrindo seus gastos até que esse esteja 100% apto de voltar a atuar pelo seu clube. No ano de 2021, com a convocação de Gabigol, Everton Ribeiro e Weverton para as eliminatórias e Copa América, o Palmeiras e Flamengo ficaram desfalcados por cerca de 44 dias, e a CBF não pagou nada aos clubes pelos atletas. É assustador quando vemos esse tanto de dinheiro pra lá e pra cá, mas a verdade é que ninguém estaria investindo esse montante se não tivessem a certeza de um retorno ainda maior. Estou ansiosa para a Copa no Catar, e ainda mais para a de 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá, que com certeza superará os investimentos de 2022.
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Abril 2023
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