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O profissionalismo necessário para entidades esportivas

22/11/2018

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É comum ouvirmos que grande parte dos clubes e federações esportivas do Brasil ainda possuem gestões amadoras. No meu último texto, escrevi sobre o fim do Ministério dos Esportes e sobre a dependência dos nossos esportes profissionais por dinheiro público. Hoje vou falar sobre profissionalismo, que é a base de sustentação desse ramo de negócios.
 
Sem fazer um grande histórico e consequentemente um texto longo, vou ilustrar essa situação com algo não tão distante. Na década de 1970 até 1990 era comum existirem os “badboys” nos esportes e na música, ídolos e astros desrespeitando fãs, jornalistas ou colegas de profissão.

Até que os patrocinadores começaram a ver problema nisso, pois nenhum empresário responsável desejava aliar a marca da sua empresa a alguém com problemas de comportamento e notícias nas páginas policiais.
 
Por isso que desde a década de 2000 aproximadamente, os badboys foram sumindo do mapa aos poucos. Ídolos do esporte e astros da música que viam a grana chegando dos patrocínios perceberam que tinham muito mais a ganhar tendo um bom comportamento. Já os badboys foram perdendo patrocínios e consequentemente dinheiro, ou seja, era melhor mudar o comportamento. 

Isso é algo muito próximo do que ocorre com a gestão de entidades esportivas. Os que apresentam “bom comportamento” tendem a receber mais patrocínios privados.  Por exemplo a CBRu (Confederação Brasileira de Rugby). Pode não ser uma entidade perfeita, mas está mais avançada que muitas federações de esportes populares e com mais recursos.
 
Logicamente que o investimento de patrocínio depende de outros fatores como a popularidade da modalidade, a visibilidade na mídia, a participação de atletas famosos, os resultados internacionais e etc. 

Entidades com “bom comportamento”, ou seja, com boas práticas de gestão possuem boa governança corporativa, transparência financeira, ética, cumprimento de metas e normas, entre outros parâmetros de qualidade.
 
Aprofundando um pouco na questão do profissionalismo em si, isso não significa que algo é “profissional” porque tem dinheiro envolvido. Afinal, quantos jogadores amadores ganham dinheiro para jogar partidas de final de semana? Na gestão, quantos gestores recebem dinheiro e entregam resultados amadores?
 
A palavra profissionalismo deveria carregar junto uma bagagem com outros significados, como: formação adequada, atitudes responsáveis e adequadas, metas e cobranças por resultados, eficiência, transparência, inovação, foco, dedicação...

Vejamos, muitas modalidades que não aparecem na grande mídia reclamam da falta de espaço. Porém, o que estão fazendo para mudar isto? Ganhar popularidade? Quais projetos possuem? Qual visão de futuro? 

Dois exemplos e sugestões:

1. Aumentar o número de praticantes de uma modalidade ou federação? 
Que tal iniciar projetos voluntários em escolas públicas com atletas atuais ensinando crianças a modalidade? Que tal colocar metas crescentes para números de participantes por ano? O pessoal que trabalha com Badminton dá bons exemplos aqui e aqui.
 
Aumentar o relacionamento com a comunidade poderá abrir portas com pequenos empresários, para depois tornar-se atraente para os grandes empresários. É ilusão querer grandes patrocínios sem o mínimo de profissionalismo e projeção.


2. Aumentar a exposição de torneios e transmissões?
Já ouviu falar em streaming? Transmissões pela internet. Não é tão difícil fazer e nem tão caro. Hoje a tecnologia está acessível e torna tudo isso bem possível. Um exemplo real para campeonatos amadores é o mycujoo.tv. Deve existir outras plataformas e até mesmo os conhecidos Facebook e Youtube possuem serviços desse tipo.
 
Outro exemplo é a câmera dinamarquesa Veo, que fica estática ao lado do campo e filma o jogo todo sem a necessidade de um cinegrafista. A câmera acompanha o movimento da bola e ainda fornece estatísticas. Esta câmera foi vencedora de prêmios de inovação em tecnologias do esporte.

Quer incrementar a qualidade da transmissão com narração e comentaristas?
 
Que tal uma parceria com uma faculdade de jornalismo e de educação física, em que os próprios alunos ficarão responsáveis pela transmissão, narração e reportagens. Os graduandos estarão aprendendo na prática e o evento ganhará um serviço a mais.
 
Já está inserido numa faculdade? Que tal uma parceria com alunos de marketing, para criar um plano comercial e de busca de patrocínios?
 
Não é fácil fazer tudo isso, se fosse qualquer um faria, mas com planejamento e profissionalismo é possível. A qualidade virá com o tempo, assim como o possível aumento de patrocínios. Por fim, de parcerias em parcerias, será possível melhorar a qualidade do serviço. Que poderá levar a grandes patrocínios.
 
Já conseguiu patrocínio? Qual retorno você deu a ele? Algum relatório de exposição da marca e envolvimento com o público? Alguma pesquisa com o público sobre a percepção do patrocínio? Por que o patrocinador deverá renovar com seu evento?
 
Buscar estas respostas possibilitará a criação de um plano interessante de marketing, patrocínio, visibilidade, envolvimento e retorno. Quantas entidades esportivas buscam estes planos?
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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Como o esporte do Brasil sobreviverá sem um ministério?

5/11/2018

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​A comunidade esportiva do Brasil vive um momento de apreensão e de baixa expectativa em relação às políticas públicas e investimentos no esporte. O presidente eleito Jair Bolsonaro já deixou claro que reduzirá o número de ministérios, buscando a economia de recursos públicos e a maior eficiência na gestão, além de priorizar investimentos em segurança pública, saúde e educação.
 
O Ministério do Esporte passará a fazer parte do Ministério da Educação, como foi melhor explicado nessa matéria de Alexandre Pussieldi. Já nesse texto de Demétrio Vecchioli, o autor comenta sobre os desafios do novo presidente em relação ao esporte.
 
A “década de investimento” no esporte brasileiro passou. Teve início nos grandes investimentos para o Pan Rio 2007, depois Copa 2014 e Jogos Olímpicos em 2016. Muito dinheiro gasto em infraestrutura, muita corrupção e quase nenhum recurso investido em programas esportivos.
 
Durante esse período, muitos críticos alertaram que não bastava investir nos “atletas prontos”, era necessário pensar em programas para uso das estruturas construídas e maior investimento na formação de novos atletas. Uma ótima análise sobre investimentos equivocados pode ser vista nesse texto do Thalles Valle.
 
Penso que o esporte profissional não pode depender dos recursos públicos. O grande motivo dele ser “esporte profissional” é justamente ter interesses e recursos que possibilitem a profissionalização, como patrocínios, rendas de público e de direitos de transmissão. Caso contrário, seria esporte amador ou no máximo, esporte semiprofissional, com o atleta conciliando o esporte com outra profissão.
 
Para ilustrar essa situação, basta lembrar dos modelos de investimento da antiga União Soviética e dos EUA, as grandes potências olímpicas. O modelo soviético, comunista, com o poder público investindo no esporte profissional demonstrou ser inviável. Não existem tantos recursos públicos assim.
 
Já o modelo americano demonstrou ser mais viável, com o investimento público no esporte escolar, colegial e até universitário. Isto é, enquanto a criança, o adolescente e o adulto jovem estão em formação escolar ou acadêmica, conciliam as atividades esportivas. Após este período, seguirá a carreira profissional quem tiver futuro e mercado, reservado aos verdadeiros talentos esportivos. Os demais, no mínimo terão uma formação acadêmica para seguir uma profissão regular.
 
Retornando a situação brasileira, vivemos numa encruzilhada. Dependemos de dinheiro público para sustentar a maioria das modalidades olímpicas. Até no futebol, que gera recursos privados suficientes para se manter, há grandes investimentos públicos, como a Petrobrás, Eletrobrás, Caixa Econômica, entre outras que provavelmente esqueci.
 
Se as modalidades profissionais não são autossustentáveis com recursos privados, precisam encontrar outras formas de sobrevivência. O modelo americano, aliado às universidades me parece ser a melhor saída. Para isto funcionar no Brasil, a comunidade esportiva deverá se preocupar em parcerias entre clubes e universidades, para que os atletas consigam bolsas de estudo.
 
Além disso, focar na melhor organização dos jogos universitários, desde o nível municipal, estadual e nacional, deixando de ser um evento cervejeiro, para ser um evento realmente esportivo.
 
Assim, com organização e alto nível, poderá despertar o interesse de patrocínios e da mídia esportiva. Os grandes destaques esportivos acabarão encontrando oportunidades profissionais para seguirem suas carreiras, seja no Brasil ou no exterior.
 
Para encerrar este texto, é interessante analisar o caso do futebol profissional masculino. O Campeonato Brasileiro está entre os 10 mais valorizados do mundo. Possui investimentos e salários altos até mesmo para os padrões europeus. No entanto, quase todos os clubes possuem dívidas com o governo federal e não são cobrados por isso, não como uma empresa comum seria.
 
O que acontecerá se as empresas públicas cortarem estes investimentos? Acaba o futebol brasileiro? Não, mas será forçado a entrar numa realidade de “fechar a conta”, ou seja, gastar menos do que ganha e naturalmente trazer para a realidade os salários dos jogadores e comissões técnicas. Bem-vindos para a responsabilidade e eficiência na gestão do esporte!
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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