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Como o esporte do Brasil sobreviverá sem um ministério?

5/11/2018

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​A comunidade esportiva do Brasil vive um momento de apreensão e de baixa expectativa em relação às políticas públicas e investimentos no esporte. O presidente eleito Jair Bolsonaro já deixou claro que reduzirá o número de ministérios, buscando a economia de recursos públicos e a maior eficiência na gestão, além de priorizar investimentos em segurança pública, saúde e educação.
 
O Ministério do Esporte passará a fazer parte do Ministério da Educação, como foi melhor explicado nessa matéria de Alexandre Pussieldi. Já nesse texto de Demétrio Vecchioli, o autor comenta sobre os desafios do novo presidente em relação ao esporte.
 
A “década de investimento” no esporte brasileiro passou. Teve início nos grandes investimentos para o Pan Rio 2007, depois Copa 2014 e Jogos Olímpicos em 2016. Muito dinheiro gasto em infraestrutura, muita corrupção e quase nenhum recurso investido em programas esportivos.
 
Durante esse período, muitos críticos alertaram que não bastava investir nos “atletas prontos”, era necessário pensar em programas para uso das estruturas construídas e maior investimento na formação de novos atletas. Uma ótima análise sobre investimentos equivocados pode ser vista nesse texto do Thalles Valle.
 
Penso que o esporte profissional não pode depender dos recursos públicos. O grande motivo dele ser “esporte profissional” é justamente ter interesses e recursos que possibilitem a profissionalização, como patrocínios, rendas de público e de direitos de transmissão. Caso contrário, seria esporte amador ou no máximo, esporte semiprofissional, com o atleta conciliando o esporte com outra profissão.
 
Para ilustrar essa situação, basta lembrar dos modelos de investimento da antiga União Soviética e dos EUA, as grandes potências olímpicas. O modelo soviético, comunista, com o poder público investindo no esporte profissional demonstrou ser inviável. Não existem tantos recursos públicos assim.
 
Já o modelo americano demonstrou ser mais viável, com o investimento público no esporte escolar, colegial e até universitário. Isto é, enquanto a criança, o adolescente e o adulto jovem estão em formação escolar ou acadêmica, conciliam as atividades esportivas. Após este período, seguirá a carreira profissional quem tiver futuro e mercado, reservado aos verdadeiros talentos esportivos. Os demais, no mínimo terão uma formação acadêmica para seguir uma profissão regular.
 
Retornando a situação brasileira, vivemos numa encruzilhada. Dependemos de dinheiro público para sustentar a maioria das modalidades olímpicas. Até no futebol, que gera recursos privados suficientes para se manter, há grandes investimentos públicos, como a Petrobrás, Eletrobrás, Caixa Econômica, entre outras que provavelmente esqueci.
 
Se as modalidades profissionais não são autossustentáveis com recursos privados, precisam encontrar outras formas de sobrevivência. O modelo americano, aliado às universidades me parece ser a melhor saída. Para isto funcionar no Brasil, a comunidade esportiva deverá se preocupar em parcerias entre clubes e universidades, para que os atletas consigam bolsas de estudo.
 
Além disso, focar na melhor organização dos jogos universitários, desde o nível municipal, estadual e nacional, deixando de ser um evento cervejeiro, para ser um evento realmente esportivo.
 
Assim, com organização e alto nível, poderá despertar o interesse de patrocínios e da mídia esportiva. Os grandes destaques esportivos acabarão encontrando oportunidades profissionais para seguirem suas carreiras, seja no Brasil ou no exterior.
 
Para encerrar este texto, é interessante analisar o caso do futebol profissional masculino. O Campeonato Brasileiro está entre os 10 mais valorizados do mundo. Possui investimentos e salários altos até mesmo para os padrões europeus. No entanto, quase todos os clubes possuem dívidas com o governo federal e não são cobrados por isso, não como uma empresa comum seria.
 
O que acontecerá se as empresas públicas cortarem estes investimentos? Acaba o futebol brasileiro? Não, mas será forçado a entrar numa realidade de “fechar a conta”, ou seja, gastar menos do que ganha e naturalmente trazer para a realidade os salários dos jogadores e comissões técnicas. Bem-vindos para a responsabilidade e eficiência na gestão do esporte!
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
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