Sem o objetivo de influenciar no voto de algum possível leitor, esperei o término do primeiro turno para enviar o texto.
Ao contrário de outras nações, o esporte no Brasil, ainda é muito dependente de recursos públicos para a sua manutenção e desenvolvimento e mais importante do que as discussões por redes sociais em qual candidato votar, é a leitura dos planos de governo dos presidenciáveis. Na última pesquisa de intenção de voto, realizada no dia 06/10/2018 pelo Data Folha (e divulgada pelo site do G1), os três primeiros candidatos com maior número de intenção de votos válidos eram Jair Bolsonaro (40%), Fernando Haddad (25%) e Ciro Gomes (15%). Destes três presidenciáveis, fiz questão de ler seus programas inteiros, buscando por medidas contundentes ao setor que me toca (setor esportivo). Embora eu me preocupe com o país de maneira geral, por senso crítico, gosto de procurar as medidas relacionadas ao esporte, pois entendo que como Mestrado em Gestão do Esporte, é onde eu possa colaborar com sugestões. O plano de Governo de Jair Bolsonaro possui 81 páginas no total e não cita a palavra Esporte. O plano de Governo de Fernando Haddad (divulgado como programa de Luis Inácio Lula da Silva) possui 58 páginas e menciona a palavra Esporte 27 vezes e o plano de Governo de Ciro Gomes possui 62 páginas e menciona a palavra Esporte 3 vezes (em apenas 1 tópico com 6 linhas). Em relação ao único plano de Governo com uma proposta real para o esporte (O de Haddad), destaco como boa ideia (a qual inclusive, sempre defendi) está na página 23, em que no tópico 3.1, sobre educação, menciona abrir os espaços escolares, para prática esportiva. Esta iniciativa ao meu entendimento é pertinente, pois as escolas públicas em sua maioria possuem ao menos uma quadra poliesportiva ao passo que como estrutura física, alguns municípios sequer disso dispõe. O item 3.6 do citado plano discorre especificamente sobre esporte e é chamado de: Agenda de Futuro para o esporte brasileiro e este, recomendo a leitura e crivo do leitor. Aqui deixo claro que antes do Pan de 2007, o único outro evento desta natureza havia ocorrido em 1963 (Pan de São Paulo) e embora os megaeventos esportivos tenham mais tarde sido flagrados e vinculados ao mau uso do recurso público, cabe ao critério próprio pontuar se valeu pagar o alto preço da corrupção, apenas pela oportunidade de receber o evento. Minha opinião é de que as iniciativas privadas deveriam não mais apostar em atletas já formados e prontos, mas sim, nas categorias de base, onde o recurso é mais definitivo, ao passo que o Brasil enquanto país, enfrenta diversos problemas sociais, econômicos e culturais, acaba por perder no esporte, uma chance real de reversão ou minimização destes problemas (os quais não pormenorizo por poder cometer o equívoco de esquecer a citação de algum). Mas nem sempre, apenas agregar o esporte ao discurso, se constitua de proposta... todavia vale a reflexão do tanto que o esporte caminhou até aqui e que rumo pode seguir...
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Abril 2023
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