Alguns dias atrás minha namorada me enviou uma mensagem perguntando sobre as medidas da rede e da quadra de beach tennis. O motivo é que próximo da casa dela tem uma quadra de areia e ela queria ver se poderíamos jogar lá. Isso me lembrou de uma conversa que eu tive com um diretor técnico da Federação Paranaense de Tênis em que ele falava que o tênis não era tão praticado no Brasil porque todos buscavam muita formalidade na prática. Ao contrário do futebol, que era possível jogar com bola de meia, chinelo no lugar dos gols, com apenas uma trave, muitas modalidades não deram esse passo de simplificar o acesso e ao longo do tempo da federação vivenciei algumas experiências que reforçaram isso.
Na faculdade tive uma aula com o esgrimista olímpico Athos Schwantes e ele apresentou um pouco do TCC dele, em que ele mostrou que com material reciclável e adaptado era possível fazer vários objetos para ensinar esgrima nas escolas com segurança. Eu acredito que as entidades esportivas deveriam pensar mais nisso, nessa simplificação do esporte para facilitar sua massificação. Aqui eu já deixo um exemplo que eu acho muito interessante, a Arena Ping-Pong criada pela Confederação Brasileira de Tênis. Ao invés de ficar gritando ao mundo que não é ping-pong o nome do esporte, a CBTM abraçou o ping-pong, o que é genial, pois é assim que todos chegam ao tênis de mesa.
Quando superarmos esse paradigma de que para praticarmos esportes precisamos seguir um monte de regras, provavelmente o esporte será mais praticado no Brasil, independente da modalidade.
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Abril 2023
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