No esporte, atitudes positivas e expressões como o sorriso podem trazer benefícios não apenas para o estado emocional, mas também para o desempenho dos atletas. Sorrir, embora possa parecer apenas uma reação emocional, é uma ferramenta poderosa que impacta diretamente o corpo e a mente, ajudando na regulação emocional, na redução do estresse e na melhoria do foco e da performance. Estudos mostram que sorrir desencadeia a liberação de neurotransmissores como a endorfina e a dopamina, que promovem sensações de bem-estar e prazer. Essa reação química no cérebro pode ajudar os atletas a lidarem melhor com o estresse competitivo, além de reforçar a autoconfiança e a disposição mental, essenciais para uma performance consistente (Lazarus, 2000; Harmon-Jones, 2013). Para Fredrickson e Joiner (2002) emoções positivas têm o efeito de ampliar a visão dos atletas, facilitando a resolução de problemas e promovendo uma recuperação mais rápida diante de adversidades. Isso é particularmente útil em esportes, onde a capacidade de “resetar” e se concentrar na próxima jogada é essencial. O sorriso pode fortalecer a autoconfiança dos atletas e de acordo com Lazarus (2000) ações positivas como sorrir ajudam a estabelecer uma autoimagem positiva, que está fortemente ligada à motivação e ao desempenho atlético. Com uma percepção mais leve de si, os atletas são mais propensos a se desafiar e a explorar seu máximo potencial. No contexto de equipes, sorrir não é apenas um reflexo individual; ele se torna uma ferramenta de impacto coletivo. Segundo Chartrand e Bargh (1999), emoções positivas são contagiosas, e um atleta que sorri pode influenciar o estado emocional dos colegas de equipe, promovendo um ambiente mais leve e colaborativo. Essa “contaminação emocional” pode ser um diferencial em jogos de alta tensão, onde manter a calma e o foco é essencial para o sucesso. O sorriso, um gesto aparentemente simples, possui um poder extraordinário!!! Ao sorrir, atletas fortalecem o controle emocional, melhoram a performance e promovem um ambiente de equipe mais harmonioso e confiante. Inclua essa ação nos seus treinos e competições, pois não é apenas uma questão de bom humor, mas sim uma estratégia de alto impacto para o sucesso esportivo. Um forte abraço à todos, Paulo Penha!!! Para qualquer dúvida, Paulo Penha está à disposição para tirar qualquer dúvida por meio do Whatsapp no número (41) 99108-4243. Referências
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No esporte, o corpo forte precisa de uma mente serena. A serenidade mental é o que mantém o foco em meio à pressão, a calma durante a competição e a clareza para tomar as melhores decisões. Quando você controla sua mente, o desempenho atinge outro nível. Segundo Hanin (2000), na teoria da "Zona de Funcionamento Ótimo", cada atleta tem um nível ideal de ativação emocional que favorece o desempenho, e a serenidade ajuda a permanecer nessa zona. O autor descreve algumas estratégias para cultivar a serenidade: 1. Respiração Consciente e Meditação: técnicas de respiração e meditação ajudam a reduzir a ansiedade e a aumentar o foco. A prática regular de meditação "mindfulness", tem ajudado atletas a reduzirem o ruído mental e a manterem a calma sob pressão. 2. Visualização Positiva: atletas como Michael Phelps praticam a visualização antes de competições, imaginando-se vencendo e superando obstáculos. Essa técnica não apenas ajuda a preparar o corpo, mas também a mente para o sucesso. 3. Diálogo Interno Positivo: a forma como um atleta fala consigo mesmo pode ser decisiva para o resultado. E Bandura (1997), destaca a importância do diálogo interno positivo para aumentar a confiança. A serenidade mental não é apenas um ideal, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida com práticas consistentes. Quanto mais o atleta investe no controle emocional, mais resiliente se torna, superando pressões e atingindo o auge de sua performance. Treine sua mente tanto quanto seu corpo! Obrigado e até a próxima! Referências
A frase "não se perde o que não tem" carrega um poderoso significado que desafia os atletas a reavaliarem seus medos e a redefinirem suas perspectivas sobre o sucesso e o fracasso. Em vez de focar no que pode ser perdido, essa mentalidade propõe uma ênfase no que pode ser conquistado, promovendo uma abordagem mental mais resiliente e produtiva. No esporte, o medo de perder pode ser um dos maiores obstáculos para a performance, esse medo pode paralisar, causando ansiedade e reduzindo a capacidade do atleta de competir em seu potencial máximo. Para Gallwey (1997), a verdadeira batalha de um atleta muitas vezes ocorre na mente, onde o medo do fracasso pode dominar o desempenho, e propõe que ao focar no presente em vez de um possível resultado final, os atletas podem superar o medo e atuar com maior liberdade. A ideia de que "não se perde o que não tem" pode ser associada ao conceito de mentalidade de abundância, que é a crença de que sempre há oportunidades para crescimento e sucesso, ao contrário de uma mentalidade de escassez, que se foca nas limitações e perdas de potenciais. De acordo com Dweck (2006), a mentalidade de crescimento pode transformar o modo como os atletas abordam desafios, vendo-os como oportunidades de aprendizagem em vez de ameaças ao seu sucesso. No ambiente competitivo, atletas frequentemente se deparam com o medo de perder algo valioso, seja um título, uma posição ou o respeito de quem está a sua volta. No entanto, ao internalizar a ideia de que "não se perde o que não tem", os atletas podem libertar-se das amarras psicológicas que os impedem de dar o seu melhor. Ao adotar essa perspectiva, a energia antes canalizada para o medo pode ser redirecionada para o foco na preparação, no processo e no desempenho. "Não se perde o que não tem" é mais do que uma simples frase, é um convite para uma reavaliação da mentalidade do atleta. Na Psicologia do Esporte, essa abordagem pode ser fundamental para a construção de uma mentalidade vencedora, onde o foco está no que pode ser conquistado e não no que pode ser perdido. Ao pensar dessa forma os atletas podem desenvolver uma maior resiliência, permitindo-lhes competir com mais confiança e menos medo, transformando cada desafio em uma oportunidade de crescimento. Obrigado e até a próxima, Paulo Penha!!! Referências - Gallwey, W. T. (1997). The Inner Game of Tennis: The Classic Guide to the Mental Side of Peak Performance. Random House. - Dweck, C. S. (2006). Mindset: The New Psychology of Success. Random House.
Cumprir compromissos é uma habilidade essencial não apenas na vida cotidiana, mas também no mundo do esporte. Para atletas, a capacidade de honrar seus compromissos é um fator crucial para alcançar a excelência e o sucesso. A Psicologia do Esporte oferece valiosas ferramentas e estratégias para ajudar os atletas a desenvolverem essa competência vital. No esporte, o comprometimento vai além de apenas comparecer aos treinos. Envolve uma dedicação total ao processo de melhoria contínua, respeito aos planos de treinamento, e um esforço constante para atingir metas pessoais e da equipe. Atletas comprometidos são mais propensos a desenvolverem consciência de jogo, resiliência, melhora do desempenho e consistência no jogo. Para Vealey e Chase (2016), “O comprometimento com o treinamento e o desenvolvimento de habilidades é um preditor significativo de sucesso esportivo”. E Weinberg e Gould (2018) destacam que “a resiliência permite aos atletas lidar com a pressão e continuar a buscar suas metas, mesmo em face de fracassos temporários”. Para o atleta conseguir cumprir seus compromissos, poderá utilizar algumas estratégias psicológicas como: Definição de Metas, Autodisciplina, Suporte Social, Monitoramento e Avaliação e Gerenciamento de Tempo. Quero destacar o Monitoramento e Avaliação, cujo objetivo é manter um registro dos treinos e do progresso, que ajuda os atletas a se manterem responsáveis. As revisões regulares permitem ajustes no plano de treinamento e proporcionam feedbacks valiosos. “A monitorização constante e a avaliação dos treinos são essenciais para o progresso contínuo e o ajuste de estratégias” (Weinberg e Gould, 2018, p. 365). A “Mentalidade Campeã” desempenha um papel crucial no cumprimento de compromissos. Atletas com uma mentalidade de crescimento acreditam que suas habilidades podem ser desenvolvidas por meio do esforço e da prática. Essa perspectiva promove a perseverança e o comprometimento. “A mentalidade de crescimento é um fator determinante na resiliência e na capacidade dos atletas de se manterem comprometidos com suas metas” (Dweck, 2006, p. 183). Cumprir seus compromissos é um dever básico de todo atleta que deseja realmente alcançar os objetivos que almeja, e sua obrigação é sempre buscar os meios necessários para se atingir as suas metas. Obrigado e até a próxima! Para qualquer dúvida, Paulo Penha está à disposição para tirar qualquer dúvida por meio do Whatsapp no número (41)99108-4243. Referências Bibliográficas: Dweck, C. S. (2006). Mindset: The New Psychology of Success. Random House. Vealey, R. S., & Chase, M. A. (2016). Best Practice for Youth Sport. Human Kinetics. Weinberg, R. S., & Gould, D. (2018). Foundations of Sport and Exercise Psychology. Human Kinetics.
No mundo do esporte, a mente desempenha um papel tão importante quanto o físico. A visualização mental é uma técnica poderosa que atletas de elite utilizam para alcançar a excelência esportiva. Ao imaginar vividamente uma situação esportiva específica, os atletas podem melhorar seu desempenho, construir confiança e lidar com a pressão competitiva. Essas imagens são tão vívidas e realistas que o cérebro do atleta responde de maneira semelhante como se estivesse realmente executando a atividade. Estudos têm mostrado que a visualização mental pode levar a melhorias significativas no desempenho esportivo, pois ajuda a fortalecer as conexões neurais associadas às habilidades físicas. O estudo realizado por Ranganathan (2004) demonstrou que a visualização mental da prática de um movimento específico pode resultar em melhorias mensuráveis na precisão desse movimento. Isso ocorre porque a visualização mental ativa os mesmos circuitos neurais responsáveis pela execução física do movimento, ajudando os atletas a aprimorar sua técnica e aumentar sua consistência durante as competições. Além dos estudos científicos que comprovam os benefícios da visualização mental, exemplos práticos de atletas de elite reforçam ainda mais a eficácia dessa técnica. Por exemplo, o ex-nadador olímpico mais condecorado da história, Michael Phelps, é conhecido por ter utilizado a visualização mental como parte integrante de seu treinamento. Phelps costumava visualizar cada aspecto de sua prova antes de mergulhar na piscina, desde a largada até a chegada, criando um plano detalhado em sua mente. Essa prática não apenas o ajudou a melhorar seu desempenho nas competições, mas também o auxiliou a manter a calma e a confiança em situações de alta pressão (Bowman, 2016). Outro exemplo inspirador é o da equipe de basquete dos Estados Unidos, conhecida como "Dream Team", que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona em 1992. Antes dos jogos, os jogadores se reuniam para sessões de visualização mental, onde imaginavam cada lance, passe e arremesso bem-sucedido. Essa prática coletiva de visualização mental fortaleceu o vínculo da equipe, aumentou a confiança dos jogadores e contribuiu para seu desempenho dominante no torneio (McCallum, 2012). Além disso, um estudo conduzido por Smith e Collins (2004) descobriu que atletas que incorporaram a visualização mental em seu treinamento mostraram um aumento significativo na confiança, comparado aos que não o fizeram. Isso sugere que a visualização mental não só melhora o desempenho esportivo, mas também promove uma atitude mental positiva, essencial para o sucesso no esporte e na vida. O golfista Tiger Woods, conhecido por praticar intensamente a visualização mental antes de cada tacada, visualizava o trajeto da bola e o resultado desejado. Essa prática mental contribuiu significativamente para o seu sucesso no golfe e é frequentemente citada como uma das chaves para sua dominância no esporte (Benedict, 2018). Para incorporar a visualização mental em sua rotina de treinamento, os atletas podem seguir algumas diretrizes práticas. Primeiramente, é importante reservar um tempo regular para praticar a visualização mental, preferencialmente em um ambiente calmo e tranquilo. Em seguida, os atletas devem se concentrar em criar imagens mentais detalhadas e realistas de suas performances desejadas, utilizando todos os seus sentidos para enriquecer a experiência mental. Por fim, os atletas podem combinar a visualização mental com práticas físicas e treinamento tradicional, integrando-a de forma holística em seu regime de preparação esportiva (Vealey, 1986). Portanto, fica claro que a visualização mental é uma ferramenta poderosa que pode ajudar os atletas a alcançar a excelência esportiva. Ao incorporar essa técnica em seu treinamento mental, os atletas podem melhorar sua confiança, lidar com a pressão competitiva e alcançar seu máximo potencial no esporte. Obrigado e até a próxima!
Olá, pessoal! Nessa coluna vamos abordar esse tema fundamental que destaca como o aspecto mental pode fazer toda a diferença. Essa ideia surgiu após uma conversa com alguns atletas, onde discutimos os desafios enfrentados em momentos de jogo equilibrado. Quando o placar está parelho, destacar-se e vencer se tornam tarefas árduas, seja em esportes coletivos, onde as equipes têm níveis similares, ou em esportes individuais, enfrentando adversários tecnicamente equivalentes. São nesses momentos que o aspecto mental entra em cena. Administrar a ansiedade, o estresse e as expectativas tornam-se crucial para alcançar os objetivos. Muitas vezes, o atleta entra em “campo” confiante, mas logo percebe que a tarefa não será fácil. Não estou falando apenas de confrontos onde o adversário é superior, mas sim daqueles jogos onde a diferença entre os competidores é mínima. Nestas situações, é essencial analisar as fraquezas do oponente e reavaliar os próprios objetivos. Em esportes como tênis e esgrima, onde cada decisão precisa ser tomada rapidamente, a mente do atleta está constantemente em alta velocidade. No entanto, uma mente equilibrada e focada pode formular estratégias em frações de segundos, desequilibrando o jogo a seu favor. Por isso, é comum ouvir comentários sobre a importância do aspecto mental em momentos decisivos. Quando o jogo está equilibrado, ou quando o atleta está em desvantagem, encontrar novas estratégias mentais é essencial para alcançar o sucesso. Então, se você se encontra em uma situação em que o jogo está equilibrado demais, lembre-se: o aspecto mental faz toda a diferença. Trabalhe sua mente, encontre novas formas de superar os desafios e alcançar seus objetivos. Não importa onde você esteja ou quais recursos você possui, o seu maior trunfo está dentro de você. Use sua força mental para desequilibrar o jogo a seu favor e alcançar a vitória. Lembre-se sempre: o equilíbrio pode ser confortável, mas é nos momentos de desequilíbrio que encontramos oportunidades de crescimento e superação. Continue analisando seu jogo, reestruture sua abordagem e utilize sua força mental para prosperar e alcançar as vitórias. Obrigado e até a próxima!
Crédito: Quino Al - unsplash Verão está chegando e por isso devemos ficar atentos a alguns pontos relacionados ao calor!!!! Durante o dia e em situações específicas, o corpo executa diversas regulagens térmicas que dependerão da capacidade do organismo em equilibrar o ganho com a perda de calor, e é claro, a forma mais eficiente conhecida hoje para a regulação térmica é através da produção e secreção de suor. Alguns dos efeitos que o calor pode ocasionar no corpo são cãibras e exaustão, que normalmente ocorrem quando o volume sanguíneo diminui pela perda excessiva de líquido ou minerais através do suor, e também quando há uma falha nos mecanismos termorreguladores do corpo, fazendo com que a temperatura aumente ainda mais. Com isso torna-se imperativo otimizar a aclimatação ao calor, que é a melhora gradual da capacidade de eliminar o calor corporal em períodos repetidos e prolongados de exercício no calor, reduzindo dessa forma o impacto negativo do calor no desempenho atlético. O atleta deve se preparar e saber, por exemplo, o momento de utilizar uma roupa especial e/ou, saber reconhecer se deve ou não fazer todo o aquecimento antes de um treino ou jogo, ou mesmo qual o momento e a quantidade da reposição hídrica necessária. Por isso fica a mensagem para se redobrar a atenção quanto a esses pontos, na Psicologia auxiliamos o atleta a aprimorar suas capacidades internas para realizar uma boa auto-análise corporal, e estar um passo a frente quanto as pequenas mudanças do ambiente que o cerca e que podem interferir diretamente em seu desempenho, e saber quais as melhores providencias a serem tomadas para que a termoregulação ocorra da forma mais rápida e eficiente possível, conseguindo manter dessa forma sua melhor performance. Obrigado e até a próxima!
Para que um atleta seja produtivo, seus níveis de atenção e concentração precisam estar altos, mas para que isso seja possível é necessário que todas as peças da sua vida estejam em equilíbrio. No entanto, isso é algo que tem sido muito negligenciado na nossa sociedade atual, o momento da pausa para relaxar na vida e no esporte é essencial. Sem esses momentos de descanso e relaxamento o atleta percebe que rapidamente sua produtividade cai. Então é necessário que sejam reservados momentos para parar, descaçar, relaxar e se divertir. Não importa em qual local, o atleta deve encontrar momentos e espaços para que consiga dar uma pausa, pode ser anoite toda, algumas horas no dia ou apenas alguns minutos, isso realmente não importa de forma significativa, desde que seja realizado com qualidade. Relaxado, o atleta consegue otimizar suas atividades. Após o atleta relaxar, ele poderá, por exemplo, treinar com muito mais foco e energia, porque ele está se respeitando, ele começa a se entender melhor e compreender suas demandas internas, o que o seu corpo está “falando” e “pedindo” e muitas vezes essa pausa, esse pequeno descanso é o suficiente para melhorar os resultados em sua performance. Estamos em um mundo “Workaholic”, e no contexto esportivo de “Overtraining”, pois muitos pensam que fazer aquele “pouquinho a mais”, aquele além do que foi planejado para o treino pelo técnico fará toda a diferença. E não, ao contrário, isso pode levar o atleta a um extremo estresse físico e emocional podendo inclusive levar a uma lesão. O atleta deve relaxar, descansar, isto é, se respeitar. O relaxamento é um método de recondicionamento psicofisiológico, que abrange inúmeras técnicas e tornou-se uma ferramenta indispensável no meio esportivo para se alcançar a descontração, a tranquilização e a refocalização nos atletas. Segundo Caballo (2002), as técnicas de relaxamento auxiliam no combate dos sintomas de estados emocionais como, estresse, tensões, ansiedade, pressão e cobranças, como em jogos conturbados, más atuações em jogo e posicionamentos ruins em campeonatos e torneios esportivos, entre outros, e auxiliam no reequilíbrio do atleta para que ele possa entrar em jogo ou em sua prova pronto para enfrentar os desafios que virão. De acordo com Becker Jr e Samulski (2002), o Relaxamento Progressivo de Jacobson também chamado de Relaxamento Neuromuscular, é uma das técnicas de relaxamento mais conhecida e aplicada no mundo. Ainda temos várias outras técnicas de relaxamento de grande relevância no meio esportivo como, Técnicas de Respiração, Técnicas de Relaxamento Muscular Progressivo Profundo ou Diferencial, o Treinamento Autógeno ou Relaxamento Progressivo de Schultz, além de Técnicas de visualização ou Relaxamento na Imaginação. A técnica de respiração que é tão primordial e que quando realizada de forma correta, possibilita que o corpo fique ainda mais oxigenado e consequentemente mais eficiente, isto é, menor esforço cardíaco, maior resistência a fadiga muscular, recuperação muscular mais rápida, melhor acesso a memória, maior qualidade no sono, entre outros benefícios. Podemos hoje contar com diversas técnicas de relaxamento no processo de intervenção e que oferecerem excelentes resultados para os atletas, podendo auxiliar a alcançar resultados mais eficientes e duradouros. Um grande abraço!
Muitas vezes ouvimos os atletas dizerem, “tenho que ser resiliente”, mas será que de fato ele sabe o que é ser resiliente? É muito fácil você falar que é um atleta resiliente, que você é um profissional resiliente, mas a capacidade de você poder se adaptar as situações e entender o enfrentamento é muito mais profundo do que geralmente se fala. Então, o que é ser resiliente? Resiliência é a capacidade da pessoa se adaptar a uma situação e poder retornar a sua forma original, isso é não deixando de ser quem ela é. Está cada vez mais comum esse termo no mundo esportivo. Mas só o fato de você entender que existe um constructo interno, uma forma de pensar, uma forma de estruturar ações e comportamentos diante das adversidades, será que já te deixa pronto? A primeira pergunta que deve fazer é “eu estou pronto pra encarar qualquer situação que venha nessa situação?”, será que você analisa todas as circunstâncias e situações que pode acontecer em um determinado ambiente em decorrência das ações que você está praticando!? Geralmente não!!!! Geralmente dizemos que estamos preparados, mas na realidade você está preparado ou apenas acredita que está preparado e na hora “h” não conseguirá colocar em prática? E outros momentos você está preparado para uma ou duas variáveis que podem ocorrer naquele momento, mas você está pronto realmente pra enfrentar todas as variáveis possíveis para lidar com uma situação? Você consegue ter maleabilidade e flexibilidade de improviso? Essas são ações muito importantes dentro de um ambiente esportivo, o esporte está em constante movimento, ele muda constantemente. Nas últimas olimpíadas podemos observar diversas manifestações de variáveis emocionais que influenciaram na performance dos atletas, atletas que “ruíram”, “desmoronaram”, atletas campeões que caíram por não conseguirem lidar com pressões externas e questões internas, mas também pudemos perceber também outros atletas que surpreenderam, atletas que venceram, atletas que mantiveram estabilidades emocionais fantásticas. Vimos exemplo de atletas que enquanto seus adversários estavam visivelmente tensos e nervosos, eles em contrapartida estavam com semblantes tranquilos, serenos, e obtiveram ótimos resultados em suas provas. Essa é a força mental, a capacidade de a pessoa ser resiliente no momento de estresse se adaptar e ter comportamentos adequados mantendo um estado de equilíbrio interno. No meu dia-a-dia em meus atendimentos e treinamentos, quando um atleta fala para mim “Doutor eu perdi tudo!!!” eu digo, “Ok, e o que você aprendeu com essa derrota?”. Para evoluirmos, devemos entender, aprender, e evoluir com nosso erros, há uma necessidade real de você estar constantemente fiscalizando a situação, você pode optar em estar despreparado, você pode falar “ Meu Deus perdi e agora!?” ou de preferencia pode optar em pensar da seguinte maneira “Certo perdi, o que eu posso fazer então pra que isso não ocorra novamente!?”, ou ainda, “Onde realmente ocorreram minhas falhas nesse jogo de hoje ou nesse campeonato, nesse torneio, neste troféu...”, então aprendam com as situações, evoluam com elas. A resiliência está dentro de você é o preparo interno para enfrentar qualquer adversidade que ocorra, estabilizar e enfrentar a situação, é perder aprender e seguir para a próxima ou vencer comemorar, entender como ganhou, corrigir seus erros e seguir para o próximo jogo e/ou campeonato. Resumindo, estar sempre preparado e equilibrado. A explicação está justamente pela forma de adaptação, a resiliência interna, uma flexibilidade que a pessoa possui de lidar com todas as adversidades, então é importante uma reflexão e análise profunda sobre isso. Não importa se você é atleta, se você é técnico, profissional da área da saúde esportiva, pai, mãe, se pergunte: “Estou sendo resiliente com os problemas que acontecem em minha vida?”. “Estou me adaptando, encontrando recursos necessários para lidar com essas situações mantendo uma boa estabilidade emocional?”. E como saber se você está sendo resiliente? Primeiro analisar como está lidando com seus problemas, se com as dificuldades que estão surgindo está conseguindo superar diariamente qualquer barreira que apareça, esses são alguns de vários comportamentos que podem indicar que você possivelmente está sendo resiliente, mas se está sofrendo, ansioso, estão acontecendo varias coisas e como consequência só consegue ficar irritado, está tendo episódios de insônia, dores de barriga, esses podem ser sintomas que você não está conseguindo lidar provavelmente com as adversidades e aí com certeza você não está sendo resiliente em certas situações. Então é fácil perceber, mas talvez ainda muito difícil desenvolver a autoavaliação e a autocrítica, a grande maioria não consegue fazer e elas são cruciais para se gerenciar as habilidades internas e conseguir assumir e reconhecer essas falhas. É importante encontrar as ferramentas necessárias e é claro se você sente que é muito difícil chegar nesse nível de insight sozinho, procure um Psicólogo do Esporte na sua região ou um online assim como eu faço a mais de 18 anos para todo o Brasil e exterior. Pois você seguindo orientações especificas que te levem a reconhecer as dificuldades e ao adquirir novas ferramentas cognitivas e comportamentais especificas, conseguirá atingir a resiliência na sua vida e na sua carreira esportiva, profissional, ou em qualquer situação em que você estiver. A importância da construção sólida do que é ser resiliente, não é simplesmente falar “eu sou resiliente”, esta em você de fato utilizar as estratégias comportamentais e cognitivas específicas para atingir esse nível de performance mental. Um grande abraço a todos.
O atleta precisa aprender a ser feliz no treinamento, descobrir o prazer de aprender e de fazer as suas atividades bem-feitas, aprender que é permitido errar e que o erro nos faz crescer. Não ter medo de descobrir, assumir e desenvolver a própria potencialidade. É necessário que o local de treino e o técnico deixem de ser apenas transmissores de conteúdos e técnicas para voltar-se à formação do sujeito no seu sentido mais amplo. Entretanto, para que isso aconteça, o técnico deve acima de tudo estar atento para auxiliar seu atleta neste processo, trabalhando dessa forma no sentido de criar um ambiente agradável e livre de tensões desnecessárias. O atleta que não se sente acolhido pelo professor tende a desenvolver antipatia por este e consequentemente não conseguirá lidar com suas dificuldades porque acreditar que não irá encontrar apoio em seu técnico. Diante disto muitos atletas desistem no meio do caminho. O treinador deve estar atento as potencialidades de seus atletas, e quando observá-las, explorá-las e estimulá-las. É aí que começamos a observar como a presença do técnico não é só importante como imaginávamos, mas sim, essencial na vida de seus atletas. Ele não ensina só o que ele pensa estar ensinando, e o aluno não vivencia apenas o treino com suas técnicas e os modos de operar o conhecimento, mas internaliza sentimentos, normas e valores que se ligam às palavras que emergem dos ditos na interação entre “professor” e “pupilo”. Os métodos de ensino são as formas organizacionais das atividades entre quem ensina e quem aprende e para o sucesso do método é necessário que o técnico compreenda o contexto social, cultural, intelectual e individual de seus atletas. Dessa forma caberia ao técnico saber lidar com situações adversas, buscando condições favoráveis a prática educacional nos treinos. Entretanto, percebe-se que bem poucos chegam a esse nível de compreensão, levando na maioria das vezes a uma desvalorização no momento de ensinar e aprender. Com isso fica a mensagem para os técnicos que estão lendo este texto, estejam atentos aos seus atletas em seus mínimos detalhes, pois essa atenção diferenciada poderá auxiliar na construção de um atleta vitorioso em todos os aspectos. Um grande abraço a todos!
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Formação de Atletas
Área reservada para a discussão de temas sobre a pedagogia, a psicologia, o treinamento e as demais áreas da formação de atletas
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Novembro 2024
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