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O modelo dos Estados Unidos de formação de atletas

25/9/2020

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Crédito: Nicolas Hoizey - unsplash
​No meu último texto, abordei sobre os novos rumos que a educação física escolar está tomando no Brasil, com maior enfoque na diversificação de conteúdos e menos nas modalidades esportivas. Estas mudanças surgiram como uma tentativa de resgatar a educação física escolar, que na maioria das escolas se resume no famoso “rola a bola” do futsal e grande desinteresse por parte dos alunos.
 
No entanto, o esporte brasileiro parece ter uma carência de um plano nacional, coordenado, que seja eficiente na formação de atletas em diversas modalidades e não apenas no futebol, como ocorre atualmente. Dando a sequência nessa discussão, vamos analisar os modelos de formação de atletas que algumas potências esportivas utilizam e comparar brevemente com o plano brasileiro.
 
Para começar, vamos analisar o caso dos Estados Unidos, a maior potência olímpica da história. A base dos esportes lá ocorre nas entidades educacionais, como escolas, colégios e faculdades, diferente do Brasil que depende dos clubes esportivos. Após passarem por todas estas etapas, os melhores atletas se tornam profissionais por volta dos 22 a 23 anos, já com uma graduação acadêmica e um melhor nível intelectual. Existem casos de atletas que não fizeram faculdade e foram direto para o esporte profissional, mas esses casos são raros.
 
Este trajeto na carreira, com início nas escolas, passando pelos colégios, faculdades até chegarem no esporte profissional é conhecido como o “caminho do atleta” (do inglês athlete pathway). Isto significa que a formação esportiva não será interrompida como ocorre aqui no Brasil, quando projetos são descontinuados com frequência, ou mesmo que os atletas passam de determinadas idades e simplesmente são excluídos das equipes, sem ter para onde seguir a carreira. Nesse link tem um exemplo do “caminho do atleta” na formação de jogadores de hóquei no gelo.
Outro aspecto interessante é que nos EUA, praticamente todas as universidades possuem custos para os alunos (incluindo as públicas), ou seja, não há gratuidade como ocorre nas faculdades públicas brasileiras. Para diminuir ou até zerar este custo, os jovens americanos buscam bolsas esportivas para conseguirem fazer a faculdade. Então, isto cria uma diversificação maior das modalidades praticadas. Por exemplo, caso um jovem esportista não consiga bolsa numa modalidade, poderá tentar em outra modalidade. Assim, modalidades menos populares passam a ter praticantes treinando e competindo com regularidade e apoio.
​
O modelo norte-americano proporciona que o país tenha bons esportistas em quase todas as modalidades. Logicamente que há uma grande organização e estrutura por trás, como ginásios e estádios dentro das universidades que em alguns casos, são melhores do que os do município, como por exemplo, nas imagens dos estádios da 
University of Kentucky, University of California e do ginásio da University of Massachusetts.
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University of Kentucky (Alex Mertz - unsplash)
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University of California (Anthony Hall - unsplash)
Como resultado desse modelo, os EUA quase sempre lidera o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos e, no caso dos Jogos Panamericanos, acabam liderando até com atletas do segundo e terceiro escalão.
​

Para ilustrar tudo isso, vamos analisar a composição da delegação dos EUA nos Jogos do Rio 2016 (Globo Esporte, 2016):
  • 440 dos 555 convocados (79%) tinham sido ou ainda eram atletas em nível universitário;
  • Oito esportes contavam apenas com jogadores de origem universitária: basquete, saltos ornamentais, esgrima, hóquei sobre grama, vôlei, remo, triatlo e polo aquático;
  • Atletismo contava com 17 atletas ainda cursando universidades;
  • Apenas uma das 18 jogadoras da seleção de futebol feminino não tinha formação universitária.
​O que mais chama a atenção no modelo norte-americano é que, no país que é a maior economia do mundo, quase todos os esportes acontecem sem depender de altos salários para os atletas, pois ainda são estudantes. Isto é, eles aliam o esporte e o ensino, considerando que os atletas são os próprios estudantes. Após esta etapa, os melhores atletas seguirão carreira no esporte profissional, enquanto os demais atletas pelo menos terão uma profissão a seguir.
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University of Massachusetts (arquivo pessoal)
​Fazendo um paralelo a nossa situação no Brasil, isto resolveria o problema da maioria das modalidades que não possuem apoio e recursos até mesmo para os profissionais, como os esportes individuais, futebol feminino, handebol, entre outros. Se todos os nossos atletas pudessem continuar fazendo seus esportes até a idade universitária, já seria um grande incentivo para mantê-los na prática.
 
No entanto, há um aspecto negativo no modelo norte-americano. No futebol masculino, em que a concorrência internacional está muito acirrada e difundida em todo o mundo, só formar atletas nas escolas e faculdades tem se mostrado um nível inferior aos clubes sul-americanos e europeus. Por isso a seleção masculina dos EUA ainda não está entre as potências internacionais.
 
No meu próximo texto, vou abordar o modelo europeu, com maior destaque para a Grã Bretanha que passou a ser referência internacional no modelo de formação de atletas nos últimos anos. Até lá!
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Autor: Luiz Antonio Ramos Filho
Mestre em Gestão do Esporte e Especialista em Futebol (mais sobre o autor)
Fonte: GestaoDesportiva.com.br
*As opiniões e informações publicadas nesse blog são de responsabilidade exclusiva do autor e não refletem necessariamente os valores do GestaoDesportiva.com.br
Quer ler mais sobre os planos de formação de atletas?
Texto 1 - 
A educação física escolar e a falta de base do esporte no Brasil
Texto 3 - Modelo de formação de atletas: Grã Bretanha
​
Texto 4 - Proposta de Plano Nacional de Formação Esportiva no Brasil
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